A triste volta da seleção à Brasília

Depois do vexame contra a Alemanha, seleção recebe a Holanda neste sábado, às 17h, a disputa pelo terceiro lugar

Encerra neste sábado às 17h a participação da seleção brasileira no Copa do Mundo de 2014.  Brasil e Holanda entram em campo pela disputa de terceiro lugar. A Holanda chega a Brasília depois de perder nos pênaltis para a Argentina, já o Brasil vem de uma goleada de 7×1 para a Alemanha. A partida também marcará o sétimo e último jogo da Copa em Brasília, uma das cidades-sede que recebeu o maior número de jogos.

Brasília tem a difícil missão de apoiar o time do técnico Luis Felipe Scolari depois da maior derrota da história do futebol brasileiro. Para isto, podemos seguir o exemplo dos próprios algozes alemães, que, em 2006, também perderam a semifinal, mas disputaram o terceiro lugar como se fosse uma final.

Tão pouco interessados quanto a seleção brasileira, os holandeses, de acordo com técnico Van Gall, se pudessem escolher, sequer jogariam a disputa de terceiro lugar. “Só existe uma taça e jogo, e nós não podemos mais disputá-la. Não vejo necessidade de disputar quem foi o menos perdedor, isso só tende a manchar uma campanha belíssima que fizemos durante a Copa. Por conta de dois jogos podemos voltar para casa com duas derrotas e um grande fracasso”, argumentou o treinador holandês.

Brasília

O Mané Garrincha foi palco de outros seis jogos no Mundial, quatro pela fase de grupos, um das oitavas e um das quartas de final, recebendo público total de 410.184 torcedores durante a competição. O Brasil jogou contra Camarões, em 23 de junho, garantindo no estádio a sua classificação para a fase eliminatória.

“Temos certeza de que a seleção será muito bem recebida pela população de Brasília. A cidade está dando um show de organização e civilidade nesse Mundial e vai encerrar com chave de ouro a nossa participação nesta Copa”, destacou o secretário Extraordinário da Copa, Claudio Monteiro.

Os torcedores brasilienses prometem apoio incondicional à seleção para que caiamos de pé. \”Já estou com meu ingresso comprado e estarei no Estádio Mané Garrincha torcendo muito pela nossa seleção. Temos que admitir que fizemos uma Copa muito bonita, recebemos muito bem os estrangeiros e é isso que fica na nossa história\”, disse o bancário Leonardo Barreira, 28 anos.

Para o auxiliar administrativo Wilson Alves, 18, a torcida deve dar exemplo fora de campo. \”Estou otimista com a seleção, ao contrário de muita gente. Vamos com tudo disputar o terceiro lugar. Não podemos desmerecer nossos craques. Futebol é assim mesmo\”. O piloto Herbert Lima, 35, pensa de forma semelhante \”Eu não vou deixar de vestir a camisa amarela. Tenho orgulho de ser brasileiro. As pessoas precisam entender que disputar o terceiro lugar, também é ser campeão\”.

Jogos no Mané Garrincha no Mundial

Primeira fase:

Suíça 2 x 1 Equador, no dia 15 de junho. Público: 68.351

Colômbia 2 x 1 Costa do Marfim, no dia 19 de junho. Público: 68.748

Camarões 1 x 4 Brasil, no dia 23 de junho. Público: 69.112

Portugal 2 x 1 Gana, no dia 26 de junho. Público: 67.540

Oitavas de final:

França 2 x 0 Nigéria, no dia 30 de junho. Público: 67.882

Quartas de final:

Argentina 1 x 0 Bélgica, no dia 5 de julho. Público: 68.551