Em uma operação realizada às 15h40 desta segunda-feira no luxuoso hotel Copacabana Palace, a polícia do Rio prendeu o homem apontado como líder do mercado ilegal de ingressos da Copa do Mundo dentro da cúpula do futebol. Na quadrilha desarticulada pela operação Jules Rimet, Ray Whelan estaria acima do franco-argelino Lamine Fofana, preso na semana passada. Whelan é um dos diretores da Match, empresa associada à Fifa e que tem direitos exclusivos para a venda de pacotes para o Mundial.
Ao ser abordado pelos policiais, dentro do hotel, Whelan negou já ter conversado com Fofana. A operação dentro da sede da cúpula da Fifa no Brasil foi a primeira vivida pela entidade em anos e promete criar um profundo mal-estar. A iniciativa ocorre justamente quando a entidade se prepara para a semana mais importante da Copa do Mundo e às vésperas da chegada de vários chefes de Estado.
Ainda que Whelan não seja um funcionário da Fifa, ele atua em nome da entidade na organização de pacotes e até do credenciamento de hotéis para a Copa. Nos últimos dias, tem sido a porta-voz da Fifa quem tem respondido pelos problemas, e não o porta-voz da Match. A empresa é ainda controlada pela Infront, uma companhia que tem como acionista Phillip Blatter, sobrinho do presidente da Fifa, Joseph Blatter.