A campanha oficial começou nesse domingo (6/7), mas os candidatos já aproveitavam há meses qualquer chance de burlar a lei eleitoral para conseguir transmitir as candidaturas aos eleitores. É o que mostra um levantamento do Correio no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de nove estados, entre eles os dos três maiores colégios eleitorais do país (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, respectivamente).
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Uso de outdoors com fotos dos então pré-candidatos, promoção de gestores em propagandas de empresas estatais, distribuição de impressos e até plotagem de veículos estão entre as práticas denunciadas aos TREs como possíveis propagandas eleitorais antecipadas.
Em nível federal, a guerra de representações teve como saldo 43 denúncias protocoladas no TSE, sendo 22 delas contra a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff. Dessas, 21 foram feitas por partidos de oposição, como DEM, PSDB e PPS, e uma pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Já o candidato tucano, Aécio Neves (MG), foi representado 11 vezes, cinco delas pelo MPE.
Eduardo Campos (PSB) recebeu seis representações. Outras quatro denúncias foram dirigidas a empresas e partidos sem candidato próprio nas eleições. Nos estados, o que registrou o maior número de denúncias de campanha antecipada foi o Rio de Janeiro, com 89 ocorrências. Em seguida vem o Maranhão, com 70 denúncias; e Minas Gerais, com 43 casos, além de seis ações judiciais em tramitação.