Na disputa para assegurar o apoio político dos aliados e não perder minutos preciosos na propaganda eleitoral a dez dias do início da campanha presidencial, o Palácio do Planalto ainda corre para aparar arestas e amenizar a pressão da base com o objetivo de evitar novas defecções. Na manhã de ontem, após garantir de maneira tranquila o apoio do PSD, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, a convenção nacional do Partido Progressista (PP) foi bastante turbulenta. Para manter o apoio a Dilma, o presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), precisou de uma manobra para que a presidente garantisse um minuto e vinte segundos de tempo na tevê. Como um trator, passou por cima das normas da convenção partidária. Não autorizou a votação e transferiu a decisão para a Executiva da sigla, que só confirmou o apoio à chapa encabeçada pela petista, sob protestos, na tarde de ontem.
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A costura eleitoral prosseguiu durante todo o dia. Para não deixar escapar mais um minuto e dois segundos de propaganda eleitoral, a presidente atendeu ao PR e exonerou o ministro dos Transportes, César Borges. A concessão ao PR e a convenção do PP são mais um capítulo que expõe a dificuldade da presidente de manter a sua coligação. O evento, ocorrido na manhã de ontem no Senado Federal, terminou em confusão. O tumulto se instalou depois de o senador Ciro Nogueira apresentar e aprovar uma resolução transferindo a decisão sobre a aliança nacional para a Executiva do partido. A portas fechadas, ela fechou o apoio a Dilma.