Motoristas “perderão” 40 segundos que poderiam ter salvado a vida de Alessandra e Júlia no Dia das Mães.
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Da Redação
Há cinco anos, a população de Águas Claras pedia a construção, ou a organização, da entrada de Águas Claras pelo Park Way. O retorno, que tinha cara de puxadinho, servia, em tese, para desafogar o trânsito do balão 200 metros à frente, na DF-079. Porém, só depois de se perder duas vidas (de Alessandra e Júlia, mãe e filha, respectivamente), o DER fechou, na manhã de sábado (17) a entrada secundária, sob pressão da comunidade.
Em nota, o Departamento de Estradas e Rodagens afirma que, “embora tenha efetuado o fechamento, o mais importante é o respeito ao limite de velocidade no trecho, que é de 60 Km/h, e a conscientização dos motoristas quanto à não ingestão de álcool antes de dirigir. Só assim, tragédias como a ocorrida no Dia das Mães poderão ser evitadas”.
Apesar do último acidente, segundo levantamento do Detran, o índice de ocorrências no local era baixo e o retorno sempre foi bem sinalizado, exigindo mais atenção do motorista por se tratar de um cruzamento.
Justiça?
No sábado, o movimento Mães e Amigas de Águas Claras organizou uma manifestação cobrando mais atenção e responsabilidade aos motoristas. Em referência à campanha Maio Amarelo, usaram balões e cartazes para homenagear as vítimas do acidente ocorrido no segundo domingo do mês.
Causador do acidente, Rafael Sadite, 33, que dirigia bêbado, em alta velocidade e com a CNH cassada, foi solto depois de sua família pagar uma fiança de R$ 30 mil. “Quanto vale uma vida? R$ 15 mil? É uma falha muito grande soltar o homem que provocou o acidente e tirou a vida de mãe e filha. Um homem como ele, que já tem histórico com bebida e direção, não pode estar na rua. Morreu uma família inteira”, reclama Leila Ferreira, organizadora da manifestação e integrante do grupo.