O governo do Maranhão contabiliza os mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas em São Luís (MA), que já somam sete, apenas em 2014. A Polícia Civil do Maranhão investiga os crimes no presídio onde também estão atuando os homens da Força Nacional de Segurança.
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O último detento assassinado foi André Valber Mendes, de 26 anos. Ele foi preso ontem (14) por roubo (artigo 157 do Código Penal) e no mesmo dia foi morto dentro do Centro de Detenção Provisória (CDP).
Segundo informações da assessoria da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, Mendes foi encontrado no corredor do CDP por volta das 23 horas, com indícios de enforcamento.
Ele e os outros dois mortos no final de semana fazem parte da mesma facção criminosa, segundo a assessoria. No domingo (13), o preso Wesley de Sousa Pereira foi encontrado morto, com sinais de enforcamento, no Presídio São Luís 1. No sábado (12), o detento João Altair Oliveira foi encontrado pelos monitores no corredor da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), com perfurações pelo corpo.
As outras mortes registradas no complexo neste ano foram de Pedro Viegas, estrangulado no interior de uma cela; Sildener Pinheiro Martins, que teve o corpo encontrado em uma cela do Centro de Detenção Provisória; Josivaldo Pinheiro Lindoso, que estava no Centro de Triagem, para onde tinha sido levado apenas dois dias antes, quando foi detido, e apresentava indícios de estrangulamento; e Jô de Souza Nojosa, que cumpria pena no CCPJ, também estrangulado.
Ao todo, já são 10 o número de presos mortos no sistema prisional do Maranhão, em 2014. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 60 detentos foram assassinados em Pedrinhas em 2013.
Pelas informações fornecidas pela assessoria da Secretaria de Estado da Justiça e da Administração Penitenciária à Agência Brasil, no início do ano, havia cerca de 2.196 detentos presos em Pedrinhas, cuja capacidade é 1.770 pessoas.
O sistema prisional do Maranhão passa por uma crise agravada em outubro de 2013 comrebeliões que deixaram ao menos nove mortos. Além disso, foi de lá que partiram as ordens para que, no início de janeiro, bandidos atacassem delegacias da região metropolitana da capital e ateassem fogo em ônibus. Em um dos cinco ônibus incendiados estava a menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos, que teve queimaduras em 95% do corpo e morreu dois dias depois.