Após a prata individual feminina de Pâmella Oliveira no sábado (8), o triatlo brasileiro conquistou o ouro por equipes dos Jogos Sul-americanos Santiago 2014, no domingo (9), na praia El Sol, em Viña del Mar, sub-sede do evento. Em prova emocionante, decidida por diferença de três segundos, o conjunto brasileiro superou os donos da casa, embalados pela torcida local, com o tempo de 1h09min44s. O Chile terminou a disputa em 1h09min47s. O bronze ficou com a Argentina, com 1h11min03s.
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A prova se deu em sistema de revezamento e cada país tinha quatro competidores. A formação brasileira foi composta por Bruno Matheus, Diogo Sclebin, Bia Nerez e Pâmella Oiveira, a quem coube abrir o revezamento. Assim como no individual, Pâmella abriu grande distância na natação e ciclismo e entregou para Bruno com 1min05s de vantagem na liderança. Bruno, porém, sofreu uma penalidade de 10s por deixar o capacete fora da cesta na transição do ciclismo para a corrida. Ao passar para Bia, a vantagem era de 40s, que foi mantida pela triatleta. Na última passagem, o chileno Felipe Barazza foi mais rápido na natação e encostou no brasileiro Diogo Sclebin na bicicleta. Diogo se manteve forte e segurou a pressão chilena para abrir vantagem nos metros finais da corrida, confirmando a medalha de ouro para o Brasil.
\”Montamos uma estratégia para fazer a competição toda na frente, o que acabou acontecendo. Queríamos o ouro e o conquistamos. O plano era não ter ninguém junto de nós até o final. Apenas no último percurso o Diogo teve a companhia do Chile, que era a equipe favorita juntamente com o Brasil. Mas, a nossa equipe fez uma prova muito forte e se mostrou muito unida. Foi um resultado muito bom. Manteve a emoção até o fim. Foi espetacular e os atletas estão de parabéns\”, celebrou o treinador da Seleção Brasileira de triatlo, o português Sergio Santos.
Após não alcançar os resultados previstos no dia anterior, na disputa individual, o treinador trabalhou a parte física dos atletas, mas deu um foco especial ao psicológico. \”Além das massagens e de um treino regenerativo leve, do ponto de vista psicológico tentei transmitir a eles que tínhamos duas opções: ou olhávamos para o resultado do dia anterior, baixávamos os braços e nos convencíamos que não estávamos assim tão fortes, ou limpávamos o que tinha acontecido, provávamos que éramos mais fortes que os outros e que tínhamos uma equipe mais completa. Portanto, os atletas conseguiram ultrapassar isso, entenderam que podiam conquistar a medalha de ouro, e eles provaram que mereciam esse resultado. Penso também que nossa equipe teve o benefício de ter um grupo mais homogêneo. Acho que tivemos mais vontade de ganhar do que as outras equipes, que confiaram apenas nos resultados individuais da véspera e não esperavam que entrássemos tão fortes em cima deles hoje\”, analisou Sergio.