A Dívida Pública Federal (DPF) caiu 3,6% em janeiro, passando de R$ 2,122 trilhões em dezembro de 2013 para R$ 2,046 trilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira (25) pela Secretaria do Tesouro Nacional. A DPF é a soma dos endividamentos interno e externo do governo federal.
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O perfil da dívida também melhorou, com o prazo médio de vencimento subindo de 4,18 anos, em dezembro do ano passado, para 4,39 anos, em janeiro. Segundo o Tesouro Nacional, esse é o maior prazo da série histórica.
Segundo a Fazenda, a queda da dívida foi motivada, principalmente, “pela alta concentração de vencimentos de títulos públicos no mês passado e que superou o volume de novas emissões de papéis”. De acordo com as metas fixadas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida deve oscilar entre R$ 2,170 trilhões e R$ 2,320 trilhões em 2014.
Somente a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 3,85% no mês passado, para R$ 1,950 trilhão, contra R$ 2,028 trilhões em dezembro do ano passado. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) aumentou 1,67% em janeiro, passando para R$ 96,2 bilhões – contra R$ 94,6 bilhões no final de 2013.
Perfil da dívida melhorou
Apesar da volatilidade nos mercados financeiros registrada no mês passado, a participação de investidores estrangeiros na dívida interna brasileira subiu de 16,1% do estoque em dezembro para 17,2% em janeiro, somando R$ 335,37 bilhões. O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, destacou que essa participação é recorde e reflete a confiança internacional na capacidade do Brasil de gerir a dívida pública.
O técnico do Tesouro Nacional acrescentou que grande parte dos títulos do tipo Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F), com vencimento em 2025, lançados no mês passado foram adquiridos pelos investidores não-residentes no Brasil. “E a gente observa que esse interesse pelos papéis brasileiros continua se mantendo”, completou.
Em relação à composição da DPF, em janeiro, os papéis prefixados (cujos juros são definidos no momento da venda aos investidores) reduziram sua participação de 42% para 38,6% , devido ao maior volume de vencimentos deste tipo de título. A parcela de títulos indexados a índices de preços aumentou de 34,5% para 36,3% enquanto aqueles remunerados por taxa Selic subiram sua participação na dívida de 19,1% para 20,3%.
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O prazo médio de vencimento da DPF subiu de 4,18 anos, verificado em dezembro do ano passado, para 4,39 anos, em janeiro. Segundo o Tesouro Nacional, esse é o maior prazo da série histórica.
Tesouro Direto
Em janeiro, o programa Tesouro Direto, que oferece títulos públicos para pessoas físicas, teve estoque e emissão recordes desde a sua criação em 2002. O estoque de papéis alcançou R$ 11,546 bilhões, alta de 1,37% em relação a dezembro de 2013. O tipo de papel com maior representação nesse estoque são as Notas do Tesouro Nacional – Série B Principal (NTN-B Principal), que correspondem a 43,23% do total.
As emissões do Tesouro Direto atingiram R$ 665,92 milhões no mês passado. A reaplicação dos resgates programados no próprio Tesouro Direto e ao número expressivo de cadastros de novos investidores, de 5.427 participantes, explicam estes números. “Isso mostra que, ao ficar mais conhecido, o Tesouro Direto representa uma opção atraente para as pessoas”, afirmou Garrido.