A balança comercial brasileira registrou novo déficit (exportações menores que importações) na terceira semana de fevereiro, ficando negativa em US$ 646 milhões. As compras do Brasil no exterior totalizaram US$ 4,3 bilhões, contra vendas externas de US$ 3,6 bilhões. No acumulado do ano, o saldo comercial está negativo em US$ 6,7 bilhões, 45% a mais que o déficit de US$ 4,6 bilhões observado para o mesmo período de 2013. As informações foram divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior.
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Na terceira semana do mês, a média diária das importações, que corresponde ao volume financeiro vendido por dia útil, ficou em US$ 733,2 milhões, valor 1,6% superior ao patamar registrado até a segunda semana. O principal fator foi o incremento de 9,5% nas vendas de produtos de maior valor agregado, como automóveis de passageiros, suco de laranja congelado, motores para veículos, açúcar refinado e veículo de cargas, que movimentaram US$ 305,4 milhões diários. Os itens básicos e semimanufaturados tiveram retração nas vendas. Além disso, o crescimento mais amplo das importações não permitiu que a balança ficasse no positivo. As compras do Brasil no exterior passaram de US$ 862,4 milhões para US$ 925,5 milhões, segundo o critério da média diária.
Já o saldo negativo acumulado no ano resulta de um recuo nas exportações em relação a fevereiro de 2013. Comparando-se a média diária de US$ 725,3 milhões negociados até a terceira semana de fevereiro deste ano com os US$ 868 milhões registrados para o mesmo mês do ano passado, as vendas externas caíram 16%. A queda foi generalizada, com recuo na comercialização de itens básicos (-20,4%), semimanufaturados (-16,8%) e manufaturados (-14,2%). Entre os produtos que puxaram o recuo estão milho, petróleo bruto, farelo de soja, ouro, celulose, açúcar bruto, automóveis de passageiros, veículos de carga, pneumáticos e óxidos e hidróxidos de alumínio.
Do lado das importações, a média diária até terceira semana de fevereiro, de US$ 904,5 milhões, ficou 3,3% abaixo da média de fevereiro de 2013, que foi US$ 934,9 milhões. Nesse comparativo, retrocederam os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (-45,8%), equipamentos mecânicos (-11,8%), borracha (-10,5%), automóveis e partes (-9,8%), farmacêuticos (-6,7%), siderúrgicos (-6,1%) e químicos orgânicos/inorgânicos (-5,8%).