O ano novo começou, mas os problemas continuam os mesmos. E as tragédias se repetem.
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Após um 2013 marcado por muitos problemas e algumas tragédias no Distrito Federal, o início de 2014 parece ter sido encomendado um remake dos piores acontecimentos do ano passado. O mesmo viaduto volta a matar, em Ceilândia; no Plano Piloto, ninguém consegue fechar os ralos que levam óleo sabe-se lá de onde para o espelho d’água do Lago Paranoá; e em Taguatinga mais um morador de rua é queimado.
Mas, para não dizer que é tudo velho, tem também a vítima que reage e mata o ladrão enforcado, em Ceilândia; tem sacoleiro trazendo drogas em meio às muambas do Paraguai, e até motorista de ônibus trocando chuteiras de jogadores de futebol por crack, em Taguatinga. 2014 promete.
Viaduto – O viaduto do metrô da QNN 5/7, da Ceilândia, enfim, foi interditado. Mas só depois da morte do jovem Manoel Silva Júnior, 20 anos. A exemplo da garotinha Geovana Moraes Oliveira, seis anos, que morreu no mesmo local no dia 8 de outubro de 2013, Manoel foi vítima da forte chuva de terça-feira (21). A enxurrada voltou a alagar a passagem e ele afogou-se, preso ao cinto de segurança, dentro de um carro roubado. Não ficou claro se ele era o ladrão do veículo, mas, de quebra, ainda foi encontrada um revólver calibre 38, com dois projéteis disparados. Outros dois homens que o acompanhavam prestaram depoimento e tentaram por a culpa de tudo no morto. De qualquer forma, ambos foram indiciados por participação no porte irregular de arma de fogo.
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Lago – No dia 17 de novembro de 2013, uma mancha surge no lago Paranoá. O GDF garante que era óleo das caldeiras do Hospital da Asa Norte (Hran), embora isto ainda não esteja definitivamente esclarecido. Dois meses depois (17 de janeiro), aparece nova mancha no espelho d’água. Desta vez, o GDF acusa o Palácio do Planalto de vazamento de combustível de uma caldeira. A mesma novela, uma catástrofe, uma defesa institucional, uma multa, alguns laudos e o inaceitável crime ambiental.
Homem queimado – No dia 20, próximo ao Taguacenter, em Taguatinga, um morador de rua foi incendiado no ponto de ônibus. Independentemente da motivação, trata-se de um crime absurdo e covarde que mancha a história da capital da República desde 1997, quando um grupo de jovens de classe média alta ateou fogo no índio Galdino, na 702 Sul, no Plano Piloto. No ano passado, a vítima foi o garoto Carlos, 13 anos, incendiado por pivetes na Estrutural, e que até hoje passa por um tratamento doloroso – para ele e para a família – no Hran.
Ladrão enforcado – No domingo (19), Raimundo Viana, 35 anos, pedalava sua bicicleta pela ciclovia de Ceilândia, nas proximidades da QNM 26, quando foi derrubado por Hugo Costa de Souza. Este anunciou o assalto, mas, em descuido, a vítima reagiu e aplicou-lhe um mataleão, golpe de imobilização do Judô. O bandido perdeu os sentidos, foi socorrido pelos Bombeiros e levado para o Hospital Regional de Samambaia. Lá, o bandido morreu.
Sacoleiros traficantes – Uma quadrilha especializada em tráfico de drogas foi desarticulada, na segunda-feira (20), com a prisão de seis homens e uma mulher. Foram apreendido 40 quilos de crack e 2,5 mil comprimidos de ecstasy. Os criminosos estavam em um ônibus de sacoleiros que vinha de Foz de Iguaçu (PR), fronteira com o Paraguai. Trata-se de uma prática tão antiga quanto a venda de muambas falsificadas naquele país vizinho.
Chuteira por crack – Charles Amâncio Vieira, 34 anos, motorista do ônibus do Formosa – equipe de futebol que participa do Campeonato Brasiliense – vendeu as chuteiras da equipe para comprar crack. O time foi prejudicado e perdeu os três pontos daquela que seria sua partida de estreia na competição, no sábado (18), no estádio Serejão. O árbitro decretou a vitória do Brasília W.O. E assim, o desprestigiado Candangão ganhou projeção internacional. Vamos, que vamos…
Da Redação