Cássio Rippel está entre os 12 melhores do mundo na modalidade carabina deitado e, em fevereiro, ainda deve subir uma posição. Como militar e apoio de seu comandante, o paranaense, de 35 anos, tem tempo de treinar e, por isso, a tendência é que em breve se coloque entre os 10 melhores do ranking internacional.
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Essa é a expectativa de Ricardo Brenck, diretor técnico da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE), que tenta trazer para o Brasil, com apoio do Ministério do Esporte, o técnico ucraniano Oleg Mikhailov para ficar, pelo menos, até os Jogos Olímpicos do Rio 2016.
No tiro esportivo, as armas são individuais e a munição, ao menos na carabina deitado, passa a ser específica para determinado cano. As fábricas mais procuradas no mundo estão, para armas, na Alemanha, e, para munição, na Inglaterra.
A primeira meta em 2014 será a compra de uma carabina nova (na Alemanha ou na Suíça, que seria da marca suíça Bleiker) para Cássio. O plano inclui, também, a ida à fábrica de Birmingham, já com a arma para o teste da munição (de marca Eley), antes da compra. A CBTE procura o apoio do Ministério do Esporte para conseguir recursos para esse projeto, ainda no início de fevereiro.
Os quatro principais eventos do tiro esportivo no mundo são as etapas da Copa do Mundo, que em 2014 serão em Fort Benning (Estados Unidos), Munique (Alemanha), Maribor (Eslovênia) e Pequim (China).
Mas ainda haverá o Mundial de Todas as Armas, em Granada; o Campeonato das Américas, em Guadalajara, no México, que vale vaga olímpica; e o Campeonato Ibero-Americano, em Buenos Aires, na Argentina. Também seria preciso verba para as inscrições e para os campings antes de cada competição.
Verba para fevereiro
A corrida é contra o tempo, como vê Ricardo Brenck, porque parte das despesas dependeria da liberação da Bolsa Pódio para Cássio Rippel. Mas a compra de munição ainda em fevereiro seria fundamental para todo o planejamento do atleta em 2014, assim como dos outros seis que compõem o Time Olímpico instituído pela CBTE. Na carabina, os atletas são Leonardo Vagner Moreira e Bruno Heck (além de Rippel) e na pistola estão Felipe Wu, Júlio Almeida, Stênio Yamamoto e Émerson Duarte.
Com grandes resultados em 2013 (como o quinto lugar na etapa de Granada, na Espanha, da Copa do Mundo, e o sexto na de Fort Benning, nos Estados Unidos), o paranaense, que treina em Campinas, tem todas as características de um atleta da modalidade, afirma o diretor técnico da CBTE, que por enquanto conta só com os valores da Lei Agnelo/Piva, repassados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), para a temporada 2014.
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Além do técnico ucraniano de carabina, a Confederação ainda trabalha para trazer um treinador de pistola — Lyuben Popov, da Bulgária.