José Matos (*)
O autoconhecimento é o início da sabedoria, ensinou o psicólogo J. Krishnamurti. Se todos procurassem conhecer-se, o mundo seria muito melhor, porque não teríamos tantos conflitos.
Todo mestre que veio à Terra falou sobre a importância do autoconhecimento. Jesus ensinou: “Vocês veem um argueiro (cisco) no olho do outro e não veem uma trave (tora de madeira) no olho de vocês. Insensatos, tirem primeiro a trave do olho de vocês!”.
Quem não se conhece, enxerga defeitos nos outros que também estão nele e isto é causa de conflitos. Não conhecendo-se, compara-se. E, ao comparar-se, inveja ou sente-se superior. E isto impede o desenvolvimento do amor ao próximo como a si mesmo, recomendado por Jesus.
J. Krisnamurti ensinava: “O autoconhecimento vem pela consciência das reações, no momento em que elas ocorrem. Quem sou eu? Eu sou minhas reações. Se quiser saber quem sou, preciso ficar atento nos momentos em que reajo”.
Santo Agostinho ensinava-o pelo autoexame antes de dormir: “A quem maltratei? Com quem fui omisso?”. Observe se o que lhe incomoda nos outros não está em você! Observe com coragem. Assuma e mude. O autoconhecimento vem pelos outros.
O desconhecimento de si mantém o Ego, conjunto de ilusões que dão falsa importância. Para amar, causa de paz e harmonia, é preciso conhecer-se, aceitar-se e livrar-se do Ego. “Esteja atento. Estando atento, o Ego morre, porque o Ego só existe numa mente não atenta”.
Tudo começa em cada um! O perdão é fácil para quem se conhece. Conhecendo-se, sabe que erra, que tem defeitos e releva as faltas dos outros.
Tudo depende, também, da forma de encarar-se adequadamente, que carece do autoconhecimento. O aleijado, por ser um exemplo de superação, ou um mendigo revoltado.
(*) Professor e palestrante