Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC-DF), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que o 13º salário deve ajudar a reduzir dívidas em atraso dos trabalhadores do Distrito Federal, onde o valor médio do pagamento extra é de R$ 5.877, o maior do País, segundo o Dieese.
O 13º deve alcançar 1,72 milhão de pessoas e colocar em circulação R$ 10,5 bilhões (2,6% do PIB do DF e 30,7% de todo o 13º da região Centro-Oeste). Do total, 87,2% vão para trabalhadores formais (R$ 9,2 bilhões), 8,2% para beneficiários do INSS (R$ 871 milhões) e 4,5% para aposentados e pensionistas do regime próprio do DF (R$ 479,9 milhões).
Para o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, esse valor deve contribuir para reduzir dívidas e reinserir consumidores no crédito. “Em novembro de 2024, eram 21,2% da população sem condições de pagamento. Passou para 20.8% em dezembro, recuando para 20% em janeiro de 2025 e depois para 18.6% em fevereiro. Isso nos indica que parte do 13º é usada para que as famílias sejam reinseridas no mercado de crédito”, explica.
Em outubro, 76,5% das famílias brasilienses estavam endividadas. Isso equivale a cerca de 819 mil lares, 26,8 mil a mais que em setembro. Já a inadimplência caiu de 42,3% para 42,1%, atingindo cerca de 450 mil famílias. O estudo ainda mostra que os lares que não têm condições de pagar subiu para 18,4% (196,9 mil).
O comprometimento médio da renda das famílias do DF permanece estável em 22,1%, mas abaixo dos 29,6% da média nacional. O atraso médio das contas caiu de 74 para 69 dias, indicando leve melhora no quadro.