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Saúde

“Saúde e Educação devem ser prioridade de todo gestor público”

  • Orlando Pontes
  • 18/09/2025
  • 17:32

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Foto: Matheus Savite / BSB Capital

Orlando Pontes

A professora Maria Fátima de Sousa, superintendente do Hospital Universitário de Brasília (HUB/UnB/Ebserh) desde fevereiro, ressalta, nesta entrevista ao Brasília Capital, que a visita do presidente Lula à unidade, no sábado (13), foi um momento emblemático para a saúde pública do DF. “Nunca antes na história, um presidente da República veio visitar o Hospital Universitário de Brasília”, brincou ela, parodiando o próprio Lula, mencionando que o gesto reforça o compromisso do petista com as universidades federais e com o fortalecimento dos hospitais universitários, historicamente afetados pela falta de investimentos. A agenda, segundo a ex-candidata ao GDF pelo PSol, também consolidou o avanço de programas como o “Ebserh em Ação” e o “Agora Tem Especialista”, que ampliam o acesso da população a cirurgias eletivas e consultas em diversas especialidades e democratizam o atendimento no SUS. No contexto local, a gestora avalia que “o DF ainda não se ajeitou” na área da saúde. “Se quisermos falar de direitos humanos, tem duas políticas públicas que não se pode negligenciar: Saúde e Educação. Isso deve ser prioridade absoluta de qualquer gestor público”.

Qual a importância da visita de Lula ao HUB? – Para nós, a visita do presidente, da primeira-dama Janja, dos ministros Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), do presidente da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), Arthur Chioro, e toda a comitiva tem dois sentidos: primeiro, a reafirmação do compromisso que o presidente tem com as universidades públicas, em especial com os nossos hospitais universitários, que sofriam muito de desinvestimento e falta de atenção dos governos passados. Segundo, Lula reafirma os valores e as agendas que ele acredita para o sistema de saúde. Ele tem muito orgulho e disse isso aqui no HUB, onde foi recebido com muito carinho e respeito por todos os trabalhadores. Ele ouviu de vários profissionais que o SUS não só é um patrimônio nacional, mas uma referência internacional. Eu, particularmente, fiquei muito feliz. Foi um dia de muita glória para todos nós. Vou usar a expressão que o presidente Lula sempre usa: nunca antes na história, um presidente da República veio visitar o Hospital Universitário de Brasília.

O presidente também foi muito bem recebido pelos pacientes. A reação da população é um gesto positivo para o fortalecimento do SUS? – Com certeza. Ele não só foi recebido de forma carinhosa, como também recebeu reivindicações. O Dia E, no caso, é um encontro entre duas grandes políticas que foram redesenhadas no atual governo. É o “Ebserh em Ação”, presente em 45 hospitais do Brasil inteiro – a transmissão foi feita daqui do HUB – dentro das cinco regiões onde os ministros e secretários foram espalhados Brasil afora, para que, ao mesmo tempo, estivéssemos fazendo cirurgias eletivas e demais procedimentos.

Como são marcadas essas cirurgias no País e no DF? – “Ebserh em Ação” tem a finalidade de diminuir o tempo de espera e, por consequência, reduzir as filas. Aqui, a gente tem procedimentos de oftalmologia, nefrologia e tantas outras especialidades em que o paciente passa até cinco anos na fila. Isso quando não fica esperando e desiste, porque não tem assistência. Os pacientes disseram muito isso ao presidente Lula, de como esse programa reduziu o tempo de espera nos 45 hospitais universitários do Brasil. Toda a governança do HUB deseja estar na rede de saúde do DF para que a gente possa contribuir com essa redução de fila. O rico tem acesso aos especialistas na hora que precisa. Pega um avião e vai para São Paulo ou para outros lugares do mundo. Mas o pobre, não. É quase decretado que ele vai ficar na fila de espera sem expectativa de quando será atendido. Então, o “Ebserh em Ação” vem com esse objetivo de democratizar ainda mais o acesso gratuito à saúde.

O Ministério da Saúde também lançou o programa “Agora Tem Especialista”… – Quando fui coordenadora do programa de assistência de Saúde da Família no Brasil, investimos muito na atenção primária à saúde. Mas sempre ficava aquela dívida, aquele déficit, de que não tinha uma referência, muito menos um retorno que a gente chama de contrarreferência para as especialidades. O Brasil sempre formou cardiologistas, nefrologistas, neurologistas, mas não com acesso em tempo rápido, do jeito que a gente gosta, para diminuir as filas nos espaços públicos. A novidade é que esse programa inovador está sendo abraçado pelos hospitais dos estados. Isso faz toda a diferença.

Os 45 hospitais universitários contemplam todas as regiões do país? – Sim, de quase todos os estados. É um desejo da Saúde ampliar para os locais que ainda não têm, caso de Roraima e Rondônia. Mas tem uma decisão técnico-científica, mais do que política, para que esses hospitais universitários sejam vinculados à rede do SUS nas secretarias municipais. Na Paraíba, por exemplo, a UFPB tem que fazer a interlocução entre o secretário municipal e o estadual de Saúde. Eu tenho a felicidade de ter os dois ao mesmo tempo. Fiquei mais feliz ainda porque essa cobertura ofertou 50 procedimentos em parceria com a Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) para os indígenas. O presidente Lula beijou a mão de indígenas, os indígenas beijaram ele.

Quantos procedimentos desses serão realizados aqui no DF? – Nessa terceira edição, nós ampliamos quase 70% do que nós fizemos nas etapas anteriores. Fizemos 2.428 atendimentos em um único dia (1.330 exames, 170 cirurgias, 928 atendimentos ambulatoriais). Começamos às 6 da manhã, paramos às 10 da noite, no sábado (13), com 200 profissionais envolvidos.

Há uma projeção de quando será possível zerar a fila de cirurgias e exames? – Eu espero que até o próximo ano, a depender das especialidades, a gente possa zerar a fila de novo. É importante ressaltar que não é zerar a fila de todo o DF. É zerar a fila do que é regulado pelo HUB.

Fátima Sousa: “Se quisermos falar de direitos humanos, tem duas políticas públicas que não se pode negligenciar e que têm que ser o carro-chefe: Saúde e Educação” – Foto: Matheus Savite / BSB Capital

Qual é a sua emoção, como mulher nordestina, candidata a reitora da UnB e a governadora do DF, estar hoje na direção do HUB? – Eu até escrevi um texto falando o que era soberania para mim. Como é que eu aprendi a soberania? Na verdade, minha mãe, Francisca Henrique de Lima, e meu pai, Argemiro Norato, que são do Alto Sertão da Paraíba, me ensinaram tudo. Minha mãe é falecida, mas meu pai, graças a Deus, tem 91 anos e está melhor do que todos nós juntos. A vida foi muito sofrida para eles. Nenhum dos dois se alfabetizou. Ela foi mais atrevida que ele, no bom sentido do termo. Meu pai ajudou a construir Brasília. Já minha mãe, católica como toda a família, se envolveu muito com os movimentos sociais em São Paulo, para onde migrou com três filhos. Eu fiquei na nossa cidade, Sousa, na Paraíba, no colégio Nossa Senhora Auxiliadora, a quem devo minha existência. Foi lá onde aprendi a ler e escrever. Eu não tinha outra opção na vida. Sempre estudei em escolas públicas, me dediquei a ser uma servidora pública. A vida me deu a oportunidade de coordenar o programa de assistência comunitária de Saúde do meu estado, que foi piloto para o Brasil. Em 1991, vim para Brasília coordenar o programa no Brasil inteiro. Até hoje é um sucesso e uma referência no mundo. Essa é a minha trajetória.

Foi quando a política entrou na sua vida… – Exato. Quando dirigia a Faculdade de Ciências da Saúde, faltando seis meses para concluir meu mandato, me filiei ao PSol. Eu sempre fui do PT, e recebi o convite de todas as lideranças locais e da deputada Luiza Erundina (SP), a quem devo muito. Ela não é só a minha referência de formação política, mas uma das referências éticas. Concorrer ao GDF foi uma experiência exemplar, porque eu conheci a cidade pelas vozes dos meus alunos, pelas pesquisas que a gente fazia, pelos projetos de extensão. Mas é diferente. Na tarefa de você colocar seu nome, sua força de trabalho, sua energia, sua discussão de ouvir. Então eu fui, senti o pulso do povo em todas as regiões administrativas. Mas não é mole, não.

Como ex-candidata ao Buriti, qual a sua avaliação da Saúde do DF? – Eu acho que, infelizmente, o DF ainda não se ajeitou nessa agenda. Obviamente que não é uma tarefa fácil. O Distrito Federal tem dupla personalidade: é, ao mesmo tempo, município e estado. Então, na configuração da gestão do SUS, nós temos uma oportunidade. Porque o DF recebe recursos do Ministério da Saúde, tanto como unidade municipal, quanto estadual. Além disso, somos a única unidade federativa que recebe o Fundo Constitucional, que engloba Saúde, Educação e Segurança Pública. Então, essas, em tese, deveriam ser áreas-exemplo. Eu disse, no debate de 2018, que o DF podia ser um laboratório a céu aberto, iluminando as outras unidades federadas. Até porque somos capital da República, outro diferenciador. Estamos ao lado dos Três Poderes da República, recebemos e abrigamos todo o complexo da ONU. Todas as embaixadas estão aqui. Eu tive a honra de estar entre os 15 que ajudaram a construir a Faculdade de Saúde da UnB de Ceilândia. A gente oferta fonologia, fisioterapia, terapia ocupacional, farmácia, enfermagem e saúde coletiva, que é o meu curso. É um campus descentralizado para atender os problemas da maior cidade que nós temos. Os governos são devedores dessa gente. Se quisermos falar de direitos humanos, tem duas políticas públicas que não se pode negligenciar e que têm que ser o carro-chefe: Saúde e Educação. Isso deve ser prioridade absoluta de qualquer gestor público. No DF, o presidente da República sinaliza isso ao vir ao Hospital Universitário de Brasília.

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