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Cultura

Festival de Brasília: 60 anos de história

  • Nathália Guimarães
  • 17/09/2025
  • 12:08

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Foto: Ana Clara Mendonça/BSB Capital

Nathália Guimarães

O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que termina no sábado (20), comemora 60 anos de história levando a programação para várias cidades do Distrito Federal. Além das tradicionais sessões no Cine Brasília, o evento acontece no Complexo Cultural de Planaltina e nos Sesc Gama, Ceilândia, 504 Sul e Setor Comercial Sul. Pela primeira vez, Samambaia, teve exibições ao ar livre. O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Cláudio Abrantes, anunciou que a edição 2026 acontecerá de 11 a 19 de setembro do próximo ano. 

A abertura do Festival, no Cine Brasília, contou com apresentação da jornalista e agitadora cultural Luiza Garonce e do ator Fabrício Boliveira. Ele lembrou que o evento começou em 1965 com o nome de ‘Semana do Cinema Brasileiro’. “Essa conta não está batendo porque de 65 para 2025 são 60 anos, mas essa é a 58ª edição. Isso porquê o Festival de Cinema foi proibido pela ditadura militar de 1972 a 1974, e só pôde retomar no ano seguinte”.

Por isso, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, além de símbolo cultural, também representa resistência e perseverança. “Estamos aqui todos os anos, insistindo no evento que se consagrou como um dos mais relevantes acontecimentos cinematográficos do Brasil”, destacou Garonce.

A abertura contou com uma emocionante homenagem a Fernanda Montenegro, que recebeu o Troféu Candango pelo Conjunto da Obra. A atriz não esteve presente, mas foi celebrada em mini documentário exibido na tela do cinema. A noite contou ainda com a segunda première nacional de “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, que será o representante brasileiro no Oscar 2026.

“O AGENTE SECRETO” – O Brasília Capital esteve presente no debate sobre “O Agente Secreto”, no dia seguinte à abertura do festival e conversou com o diretor pernambucano e elenco do longa. Mendonça relembrou que começou a escrever o roteiro pensando no passado, em especial em 1977 e 1978. 

Foto: Ana Clara Mendonça/BSB Capital

“Eu tinha nove anos e minha mãe ficou doente nessa época. Como uma forma de proteger a mim e a meu irmão, aliviar nossa cabeça, nosso tio Ronaldo nos levava ao cinema. Fomos, no mínimo, umas 15 vezes. Essa memória afetiva do centro de Recife me marcou muito e foi um ponto de partida para escrever um filme que eu queria fazer lá no passado”, explicou.

Contudo, Mendonça percebeu que o filme viria a ser, na verdade, sobre o Brasil contemporâneo. “Nós como nação, como país, temos a própria lógica que vem da cultura, política e história. E a lógica contemporânea do Brasil, se a gente pensar no país como democracia, é bem diferente da lógica dos anos 1960/70, quando tínhamos um regime militar”, disse.

Mas, o diretor destaca que, nos últimos dez anos, começou a perceber a volta de pensamentos que ele julgava aposentados, como homofobia, misoginia, racismo e a maneira de como a região Nordeste voltou a ser xingada. “Achei que essas coisas estavam num museu de péssimas ideias do nosso país. Então, me dei conta de que “O Agente Secreto”, ambientado nos anos 1970, era um filme muito sobre coisas que estavam voltando”.

Festival vai até sábado (20)

Até sábado (20), o festival exibirá mais de 80 filmes nas mostras Competitiva Nacional, Mostra Brasília (com produções do DF), e das Mostras: Caleidoscópio, Festival dos Festivais, Coletivas Identidades, História(s) do Cinema Brasileiro, Clássicos Brasileiros. Além da exibição de filmes para o público infantil com o Festivalzinho e a exibição de Sessões Especiais.

NOSFERATU – A Mostra Caleidoscópio do 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apresenta cinco longas que exploram fronteiras entre gêneros, combinando ficção, não ficção, animação, documentário e códigos tanto do cinema clássico quanto experimental. Entre os destaques está “Nosferatu”, de Cristiano Burlan, exibido no dia 15 de setembro, no Cine Brasília, com grande presença do público jovem.

A estudante Erin Medeiros, 23 anos,  acompanhada do namorado Adrian Balthazar, 21, contou que já frequenta o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro há cerca de três anos, e não podia deixar de conferir a nova versão do clássico de terror gótico. 

“Tenho muita paixão pelo cinema e gosto bastante de ‘Nosferatu’. Eu não quis nem ler sobre a nova versão porque quero descobrir como o diretor trabalhou o filme. Minhas expectativas são altas. E claro, quero continuar acompanhando os longas do festival”, disse.

Erin Medeiros: “Minhas expectativas são altas. E claro, quero continuar acompanhando os longas do festival.” Foto: Nathália Guimarães

Já Balthazar, estudante de Cinema Audiovisual, destacou que os filmes estão na vida dele desde pequeno, já que cresceu assistindo às fitas que o pai tinha em casa. “Eu já tinha o costume de frequentar o Cine Brasília, mas comecei a vir mais no ano passado, quando comecei a namorar, o cinema nos uniu”, afirmou.

Na plateia, Isabella Retondar, estudante de História da Arte da Universidade de Brasília (UnB), aproveitou que os fãs de terror estavam reunidos para divulgar o projeto ‘videoarteclube’, que prepara uma mostra de horror experimental para outubro. “A ideia é fortalecer o circuito alternativo e aproximar o público das produções locais”, explicou.

Um vampiro em São Paulo

Quem espera que o filme de 2025 siga fielmente o roteiro original, vai se decepcionar. É preciso estar aberto para o novo. No longa de 2025, rodado em preto e branco, o vampiro Nosferatu (Rodrigo Sanches) foge de Van Helsing para a capital paulista, carrega consigo uma maldição e fantasmas do passado. É lá que ele mergulha na procura de uma atriz, sendo obrigado a enfrentar o horror da eternidade.

Nosferatu brasileiro. Foto: Marina de Alameida Prado

Diferente das versões estrangeiras, Burlan propõe um vampiro com maior tempo de tela, mais filosófico e discursivo, que conversa com padres, reflete sobre Deus e expõe a dor de uma existência sem fim. Os demais personagens, também seguem com discursos existenciais. Ainda assim, a produção remete a imagens icônicas do cinema expressionista, como a sombra de garras projetada na parede e o olhar assustador através de frestas. “Nosferatu” ainda traz canções originais de Edson Van Gogh e Jonnata Doll.

Um mito que nunca morre

Criado como adaptação não autorizada do livro “Drácula” (1897), de Bram Stoker, o primeiro “Nosferatu” foi lançado em 1922 por F.W. Murnau. Sucesso de público, o filme quase desapareceu após o processo movido pela viúva de Bram Stoker. Uma ordem judicial determinou que todas as cópias fossem destruídas, mas algumas sobreviveram e circularam fora da Alemanha, tornando-se popular em diversas partes do mundo.

O vampiro, também chamado de Conde Orlok, tornou-se uma das imagens mais populares da história do terror gótico, com uma aparência cadavérica e garras afiadas em meio a uma Europa devastada por guerras e doenças.

Desde então, a obra inspirou diversos remakes. Entre eles, a versão do diretor americano Robert Eggers, lançada em 2024. Na releitura, uma jovem noiva precisa morar temporariamente com amigos, enquanto o marido busca ascender de vida por meio do trabalho. Para isso, ele precisa ir até a Transilvânia para um encontro com o estranho Conde Orlok.

O casal começa a ser atormentado por pesadelos terríveis e logo descobre que uma força sobrenatural está atrás da jovem e é capaz de devastar a Europa com a peste, caso não consiga o que quer. Agora, Burlan adapta o mito para o contexto brasileiro, com um olhar mais íntimo e existencial para o personagem.

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