José Matos
Os ensinamentos contidos nos Evangelhos podem e devem ser usados em nossas vidas diárias. Os religiosos perdem muito por não saberem interpretar os símbolos ali contidos. Vejamos:
Na parábola da expulsão dos vendilhões do templo, Jesus entrou no templo, expulsou todos os que ali vendiam ou compravam, derrubou as mesas dos cambistas, as cadeiras dos que vendiam as pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de ladrões.
Esta, talvez, seja a parábola mais inteligente e mais importante do Evangelho, porque fala da nossa mente e de nossos pensamentos, onde tudo inicia-se. Templo é o símbolo da mente. Vendilhões, símbolo dos maus pensamentos. Jesus, símbolo do Eu maior em todo ser humano, a nossa parte de luz ou o Self de Jung.
O que Jesus quis nos ensinar com esta parábola? Que, assim como Ele agiu com rigor contra os cambistas, devemos agir com o mesmo rigor em relação aos nossos maus pensamentos, porque é deles que se origina o mal em nós.
Quando o mau pensamento surgir, não lhe dê razão e mude-o imediatamente, substituindo por um bom pensamento, seja pela vontade, pela oração e lembrando da regra de ouro: “Não faça ao outro aquilo que não gostaria que fizesse com você”.
O pensamento vem da memória. Quanto mais positiva, mais teremos bons pensamentos. Quanto mais negativa, mais maus pensamentos. A leitura edificante, a conversa educativa, a palestra elevada, a busca da realização de ideais nobres, a oração e ação no bem, tornam a mente positiva que, por sua vez, geram o pensamento positivo, as conversas e ações que impactarão na saúde.
Não é sem razão que os romanos ensinavam: Mente sã, corpo são!