Evangelho significa nova boa notícia, inclusive para os ateus. Por que? Porque seus ensinamentos podem e devem ser usados no dia a dia. E isto melhorará a vida de quem o praticar, além de beneficiar aqueles que estão à sua volta.
Segundo Carlos Pastorino, autor do livro “Minutos de Sabedoria”, há sete maneiras de interpretar o Evangelho, e talvez a mais rica seja a interpretação simbólica.
Na parábola da expulsão dos vendilhões do Templo, o templo simboliza a mente (Jesus), o nosso eu maior, nossa parte de luz. E os vendilhões, os maus pensamentos.
Então, a mensagem é: sejam rigorosos com os maus pensamentos desde o início. Tudo de ruim começa com eles. Portanto, mude-os logo que surgirem ou você perderá o comando sobre si.
Na Parábola da figueira que secou, a figueira simboliza o ser humano inútil, fútil, indiferente a si e ao próximo. Sem frutos (crescimento com ética e boas ações) fica-se contra as Leis de Progresso e da Solidariedade, e exposto à Lei de Retorno, que manda dar a cada um de acordo com suas ações.
Jesus pedia para o nosso bem viver: “Tenham bom ânimo, amem o próximo como a si mesmos, façam amigos com as riquezas das iniquidades e o que vocês quiserem receber, faça-os ao próximo”.
Na mesma direção, o filósofo cristão Pietro Ubaldi ensinava: “A vida é utilitária, ou seja, vivemos num mundo de interdependência e todos nós precisamos uns dos outros”.
Na parábola da mulher dominada por um demônio (mau pensamento, ideia fixa no mal) e depois dominada por sete demônios (sete maus pensamentos, sete ideias fixas) porque sua casa (a mente) estava vazia, Jesus fala da importância de mobiliar a casa (a mente) com as mobílias da fé, caridade, solidariedade, ânimo, fraternidade e compaixão.
O pensamento vem da memória. É preciso enriquecê-la permanentemente com boas leituras, boas conversas, boas atitudes a si e ao próximo, boas palestras etc.
Memória, pensamentos, conversas, ações cada vez melhores. É assim que você melhora sua vida, suas relações, sua saúde, encontra sentido na vida e os demônios e vendilhões do templo (maus pensamentos, más ideias) não encontrarão ressonância.