Brasil

PF desmantela grupo que cobrava R$ 250 mil para espionar ministros do STF

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A Polícia Federal revelou a existência de um grupo clandestino que oferecia serviços de espionagem contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por valores que chegavam a R$ 250 mil. A investigação aponta que o grupo utilizava ferramentas de monitoramento ilegal para obter informações privilegiadas sobre autoridades, com o objetivo de influenciar decisões políticas e judiciais.

Entre os alvos da espionagem estavam os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. A operação, denominada “Última Milha”, identificou que o grupo também monitorava parlamentares, jornalistas e servidores públicos, utilizando o software de geolocalização FirstMile, adquirido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sem licitação no final de 2018.

As investigações indicam que a estrutura paralela de espionagem era composta por policiais federais e oficiais de inteligência, que agiam sob a direção de Alexandre Ramagem, então diretor-geral da Abin e atualmente deputado federal. O grupo teria utilizado recursos da agência para monitorar opositores políticos e disseminar informações falsas, com o intuito de desestabilizar instituições democráticas.

A operação resultou na prisão de quatro suspeitos e na apreensão de documentos e equipamentos utilizados nas atividades clandestinas. Os investigados poderão responder por crimes como organização criminosa, interceptação clandestina de comunicações e tentativa de abolição do Estado.