Em assembleia realizada nesta terça-feira (27), professores e orientadores educacionais da rede pública do Distrito Federal decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira (2). A medida, segundo o Sindicato dos Professores do DF, ocorre diante da ausência de propostas do Governo do DF à campanha salarial da categoria.
Ao Brasília Capital, Márcia Gilda, diretora do Sinpro-DF, afirma que a paralisação foi deflagrada após o governo se recusar a apresentar qualquer proposta concreta. “Na última reunião de negociação, a SEDF foi taxativa ao afirmar que a proposta era ‘nada’ e que não havia perspectiva para continuar a mesa de negociação. Ou seja, não há mesa de negociação instalada”, pontuou. “O objetivo da greve é que o governo restabeleça um processo de negociação, mas que seja propositivo em relação à pauta de reivindicações”, cobrou a dirigente sindical.
A entidade que representa a categoria argumenta que tenta, em vão, dialogar com o Executivo desde o início do ano. “O que está faltando a esse governo não é dinheiro, é vontade política, é tratar a educação pública como prioridade”, completou Márcia Gilda.
Recomposição salarial
Entre os principais pautas do magistério estão a recomposição salarial de 19,8%, o cumprimento da Meta 17 do Plano Distrital de Educação, que trata da valorização dos profissionais, e a reestruturação do plano de carreira. A categoria reivindica a redução de níveis na tabela salarial de 25 para 15, maior progressão na carreira e aumento nos percentuais de titulação.
Além da greve, o Sinpro-DF aprovou, ainda, um calendário de mobilizações, que inclui assembleias regionais, reuniões do comando de greve e uma nova assembleia geral em 5 de junho.