Tersandro Vilela (*)
Ainda em fase beta e acessível apenas por convite, o Manus AI se apresenta como um assistente multifuncional, trazendo uma nova perspectiva para a interação entre usuários e inteligência artificial.
Diferente de sistemas tradicionais, como o ChatGPT, da OpenAI, e o DeepSeek, IA chinesa que integra busca online e geração de texto, o novo sistema aposta em uma experiência mais adaptável e personalizada, permitindo ajustes no tom e na forma das respostas conforme a necessidade do usuário.
A promessa de maior transparência e controle sobre a geração de conteúdo tem despertado o interesse do mercado. Segundo os desenvolvedores, a IA apresenta um nível superior de customização e pode se adaptar a diferentes cenários, como atendimento ao cliente, suporte técnico e até mesmo redação criativa.
Enquanto o ChatGPT opera em um modelo fechado e o DeepSeek levanta questões sobre a moderação de conteúdo na China, o novo sistema se apresenta como uma alternativa de código aberto.
Especialistas apontam que essa abertura pode mitigar preocupações relacionadas à segurança e à privacidade dos dados, tornando o funcionamento da IA mais acessível e compreensível ao público.
Por outro lado, a personalização excessiva também traz desafios. Pesquisadores da área de ética digital alertam que essa liberdade pode abrir espaço para vieses indesejados, impactando a forma como as informações são processadas e apresentadas.
Além disso, o fato de ainda estar em testes privados torna difícil avaliar se a ferramenta realmente entrega um desempenho superior em larga escala.
No fim, a questão não é apenas se ele funciona bem, mas se conseguirá competir em um mercado dominado por gigantes como OpenAI e Google.
Como sempre, o futuro da IA dependerá tanto da inovação quanto da responsabilidade de quem a desenvolve e utiliza.
(*) Jornalista pós-graduado em Filosofia, especialista em Liderança: gestão, resultados e engajamento e mestrando em Inovação, Comunicação e Economia Criativa