Os cartolas do futebol deveriam usar também fraque, monóculo e charuto. Assim, não perderiam sua postura imperial, sempre com a cabeça virada para o que pode trazer mais lucros para suas entidades (e/ou para eles).
Em vez de cuidarem do que faz a bola girar (os jogadores e torcedores), eles ignoram que o esporte, se virar essa chanchada que está virando, vai esvaziar os estádios e deixar seus cofres vazios. Pep Guardiola já disse: futebol também é showbusiness.
Falo dos gramados, onde tudo começa. Os originais e os que agora são apresentados, com ironia, como a salvação da lavoura. E por quê? Para alugar o gramado aos empresários, ocultar o vandalismo da plateia com produtos sintéticos, em vez de tratar com profissionalismo a manutenção do piso natural.
Qualquer Inteligência Artificial mais burrinha daria um conselho: vão para a Europa para ver como o espetáculo continua por lá. É um bom motivo para fazer turismo com tudo pago pelas instituições que representam.
In loco, veriam que os gramados da 2ª Divisão de lá são muito melhores do que os da 1ª por estas bandas. No caso, entram na lista o Maraca, o Mineirão e até aquele recém-batizado com nome de biscoito de chocolate.
Tudo por causa da grana (sem trocadilho, por favor). Nada a ver com o futebol, mas com o aluguel do estádio (arena?), para quem quer um campo pra chamar de seu.
Como dizia João Saldanha, vida que segue.
E seguimos acreditando nos locutores de rádio que narravam o pontapé inicial da partida num caprichado tapete verde.