O fim de semana de carnaval foi marcado por relatos de violência policial contra foliões em ao menos dois estados, incluindo agressões físicas e uso de gás de pimenta.
Um dos casos mais graves ocorreu em Porto Alegre, onde uma professora trans foi cercada por policiais militares e levou socos em um bloco na Cidade Baixa, bairro boêmio da capital gaúcha. Em vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver que um deles coloca o joelho sobre o pescoço da vítima para mantê-la no chão, enquanto outro usa spray de pimenta.
“Eu fiquei uns quatro, cinco minutos apanhando, levando soco, levando chute, sem ter feito absolutamente nada. Eu estava gravando, e eles só se incomodaram com a minha presença”, narrou a educadora à TV Globo.
Em Juiz de Fora, interior de Minas Gerais, a PM também foi acusada de truculência, em ação que resultou na prisão de organizadores e participantes do Bloco da Benemérita. Por conta do uso de spray de pimenta, os envolvidos precisaram de atendimento médico. Em nota, a prefeitura da cidade classificou a atuação das forças de segurança como “violência desproporcional”.
Brumadinho
Já em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, indígenas que participavam de uma festividade acusaram policiais militares de agressão. Por outro lado, a corporação alega que cinco pessoas foram presas por atirar garrafas e copos na direção dos agentes, após confusão generalizada. Dois PMs e três indígenas ficaram feridos. A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) cobrou, no Instagram, investigação rigorosa dos fatos. “Nosso mandato está apurando, junto ao Ministério Público e Ministério dos Povos Indígenas, esse caso de extrema violência”, declarou