O tradicional Torneio Arimatéia, que acontece anualmente em Taguatinga, iniciou sua 42ª edição no domingo (15) e vai agitar a cidade até o dia 5 de janeiro. O evento, que já faz parte da história do futsal brasileiro, reúne mais de 2 mil atletas divididos em 11 categorias. Serão 22 dias de muito esporte, competições intensas e uma atmosfera única para os apaixonados pela modalidade.
O torneio, que acontece numa quadra montada no Taguaparque, é considerado o maior da América Latina e já foi palco de atletas renomados do presente e do passado, como Endrick, do Real Madrid, e Edmar, do Flamengo, e continua sendo uma vitrine para futuros craques do esporte. José de Lima Arimatéia, mais conhecido como Arimatéia, fundador e até hoje promotor, destaca a grandiosidade do evento.
“O Vila Dimas, atual campeão da principal categoria, começa a luta pelo bicampeonato no domingo (22) contra o Bayern. Os jogos começam mais cedo, a partir das 9h, com as categorias de base. A ideia é evitar a chuva que normalmente aparece mais tarde neste período. As partidas vão até à meia-noite, incluindo os veteranos e as equipes femininas”, explicou Arimatéia.
Com uma tradição de mais de 40 anos, o Torneio Arimatéia é considerado o maior evento de futsal da América Latina. “A competição é um celeiro do futsal. Temos jogadores que foram contratados para grandes clubes como São Paulo, Palmeiras, e até convocados para a seleção brasileira”, orgulha-se Arimatéia.
História começou em 1979
O Torneio começou de forma simples, em 1979, numa quadra improvisada no estacionamento do setor CNF, em Taguatinga Norte, em condições rudimentares. “Os jogos eram com duas pedras de cada lado como traves, e o troféu era um pão com salame e um refrigerante. O vice-campeão ganhava um pão e um copo de refrigerante. As camisas eram feitas de saco de pano de chão, e eu mesmo fazia a numeração com tinta guache”, relembra Arimatéia, com um sorriso nostálgico.
A evolução do evento foi notável. Em 1983, o então administrador de Taguatinga, José Luiz Paro, decidiu isolar uma área para o torneio e construir um palanque. “Eu era o juiz de todas as partidas. Foi quando começamos a dar os primeiros passos para o torneio se tornar o que é hoje”, conta o organizador.
Com o apoio da administração local, o evento ganhou força e, ao longo dos anos, se transformou em um dos maiores e mais respeitados do circuito de futsal do Brasil.
“Ficamos 32 anos na área da CNF, mas o Ministério Público nos impôs restrições, limitando o horário do evento até às 20h e proibindo o uso de fogos de artifício. Eu fui falar com o ex-governador José Roberto Arruda, e conseguimos a permissão para seguir com o torneio”.
Há 14 anos, a competição foi transferida para o Taguaparque, e desde então ó tem crescido. Para isso, é fundamental o apoio do governo e a colaboração das empresas patrocinadoras que ajudam a viabilizar o torneio”, agradece.