Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior, de 24 anos, foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa. Antes dele, Kaká havia sido o último brasileiro a conquistar a honraria, em 2007.
Vini Jr. recebeu o troféu das mãos do presidente Gianni Infantino e lembrou em seu discurso da infância pobre no Rio de Janeiro e do sonho de se profissionalizar no futebol.
“Era tão distante que parecia impossível eu chegar até aqui. Eu era uma criança que só jogava bola descalço nas ruas de São Gonçalo, perto da pobreza e do crime. Chegar aqui é algo muito importante para mim e para muitas crianças que acham que tudo é impossível e que não podem chegar até aqui”, disse.
Na sequência, o atacante agradeceu à família, ao Real Madrid e ao Flamengo, clube que o revelou. “Agradeço também a todos os jogadores da Seleção Brasileira e ao meu país, que sempre torcem por mim e me dão muita força para eu seguir na minha luta”, completou.
Na cerimônia realizada no Catar, o Brasil levou outros três prêmios. Marta venceu com o gol mais bonito do ano entre as mulheres, na categoria que leva o nome dela. Volante do Inter, Thiago Maia ganhou o Fair Play, em reconhecimento aos resgates às vítimas das enchentes no Rio Grande Sul.
Em outro momento emocionante, Guilherme Gandra, de 10 anos, foi escolhido o torcedor do ano. Fanático pelo Vasco, Gui, como é conhecido, tem uma doença rara que causa a formação de bolhas e ferimentos na pele. Em 2023, um vídeo compartilhado pela mãe dele, enquanto estava internado, rendeu milhões de visualizações nas redes sociais.
“O Vasco me ajuda a esquecer as coisas ruins, tipo as dores. O Vasco me ajuda a me sentir feliz”, resumiu o garoto, em vídeo divulgado pela Fifa.