Por toda parte, mesmo em países ricos, vê-se crianças e jovens tristes, angustiados, deprimidos, ansiosos, agressivos. O que está acontecendo? Em geral, tédio, vazio existencial, desgosto de viver.
Muitas pessoas não estão nas profissões de suas vocações, não atingiram a altura intelectual, artística, profissional ou espiritual que podem atingir, ou estão vivendo uma vida fútil, sem propósito. Quanta gente infeliz na profissão, nos relacionamentos, e sem coragem de mudar.
A depressão e o desânimo de viver talvez sejam as maiores causas de suicídio entre crianças e jovens. Sim, crianças também cometem suicídio quando não encontram no lar o apoio de que precisam. Carinho, firmeza, bons exemplos e diálogos saudáveis são vacinas necessárias para que se desenvolvam de forma saudável.
Muitos pais religiosos estão esquecendo de levar seus filhos para seus templos. Mas não basta levá-los. É preciso mostrar a importância da religião e falar sobre ela com prazer. A prática e a forma como os pais se expressam marcam crianças e jovens. Se os pais são religiosos, mas desonestos ou desequilibrados, os filhos não verão importância nessas práticas.
Informados desde cedo que a vida continua e que viemos à Escola-Terra para realizar aprendizado e cumprir uma série de tarefas, poderão desenvolver uma postura positiva e antissuicida diante da vida. Dificuldades serão vistas como ensinamentos que trazem sabedoria.
Quando não são estimulados quando acertam, discriminados em relação aos outros irmãos ou excessivamente cobrados e punidos quando erram, pode instalar-se o desânimo de viver.
Crianças e jovens são seres frágeis. É preciso gosto pela educação e desenvolvimento deles. Não bastam coisas materiais. Muitos pais dão coisas para não se darem, sem se darem conta de que tempo gasto com eles é ganho para sempre.
Pais, não imponham profissões aos filhos! Eles já nascem com a vocação para determinado mister. E não esqueçam de Santo Agostinho: “Amem! E tudo o que vocês fizerem estará certo”.