A alimentação inadequada, associada ao consumo de alimentos ultraprocessados, é um dos principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil e representa um desafio global de saúde pública.
A taxação de ultraprocessados, neste contexto, poderia ser uma medida eficaz para desestimular o consumo desses alimentos, reduzindo seus impactos negativos na saúde, na economia e no meio ambiente.
O consumo regular desses produtos está associado a um aumento significativo no risco de excesso de peso, obesidade, síndrome metabólica, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer, dentre outras doenças.
Além dos impactos diretos na saúde, esses alimentos contribuem significativamente para o aumento das emissões de gases de efeito estufa, degradação do solo e desperdício de recursos hídricos.
A má-nutrição em populações de maior vulnerabilidade e risco social não se limita à fome, mas inclui a obesidade e as doenças associadas ao consumo excessivo de ultraprocessados.
Esse cenário reforça a necessidade de políticas públicas que protejam essas comunidades e promovam maior acesso a alimentos in natura e minimamente processados em detrimento de ultraprocessados, com o objetivo de promover um ambiente alimentar mais saudável.
A taxação de alimentos ultraprocessados, portanto, possui inúmeros benefícios, dentre eles a redução do consumo e promoção da saúde.
Estudos mostram que o aumento de impostos sobre produtos nocivos, como tabaco, bebidas alcoólicas e bebidas açucaradas reduz significativamente seu consumo.
Além disso, há a possibilidade de reinvestir em saúde e nutrição, e uma série de benefícios econômicos e ambientais.
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