Em novembro de 2024, o endividamento das famílias no Distrito Federal caiu para 68,9%, uma redução de 2,1 pontos percentuais em relação a outubro, marcando o quinto mês consecutivo de queda. O total de famílias endividadas diminuiu de 752,5 mil para 731 mil, o que representa uma redução de 11% em comparação a novembro de 2023. Por outro lado, a inadimplência subiu levemente, de 39,5% para 39,8%, o que corresponde a um aumento de 3,4 mil famílias inadimplentes, totalizando 422 mil. Em relação ao ano passado, o número de inadimplentes cresceu 111%.
José Aparecido Freire, presidente do Sistema Fecomércio-DF, ressaltou que a queda no endividamento, combinada com a estabilização da inadimplência, reflete uma gestão financeira mais cuidadosa das famílias. No entanto, ele alertou sobre os desafios trazidos pela alta taxa de juros, inflação e restrições de crédito. Freire também acredita que a injeção de R$ 10 bilhões do 13º salário na economia do DF pode contribuir para a redução da inadimplência, pois uma parte desse montante será usada no pagamento de dívidas.
As dívidas mais comuns no Distrito Federal são o cartão de crédito (64,1%), seguido pelo crédito pessoal (14,5%) e financiamento de casa (13,3%). Outras modalidades incluem o financiamento de veículos (11,8%) e carnês de compras (8,8%).
O 13º salário no Distrito Federal, que será pago até 20 de dezembro, deve somar R$ 10,19 bilhões, um aumento de 15,53% em relação ao ano passado. Esse valor corresponde a 3,2% do total nacional e 35,36% da região Centro-Oeste. O DF concentra 23,6% dos beneficiários do Centro-Oeste, com 1,73 milhão de pessoas recebendo a gratificação, sendo 77,7% trabalhadores formais e 22,3% aposentados e pensionistas.
Esses recursos do 13º salário devem impulsionar o varejo, as contratações no setor de serviços e o pagamento de dívidas. De janeiro a setembro de 2024, o comércio no DF teve crescimento de 5,5% nas vendas, e o setor de serviços cresceu 4,5%.