Ainda que deva movimentar R$ 5,2 bilhões no comércio brasileiro, a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que a Black Friday represente um crescimento tímido de 0,4% em relação ao ano passado. A explicação passa pela alta do dólar, que iniciou o ano em R$ 4,89 e bateu R$ 5,77 em novembro, associada à taxa de juros elevada, fatores que encarecem os produtos importados e dificultam o acesso ao crédito dos consumidores.
Os setores de móveis e eletrodomésticos, assim como o de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, deverão concentrar quase metade das vendas previstas (46%). Já os ramos de vestuário, calçados e acessórios e o de hiper e supermercados têm expectativa de faturamento próxima a R$ 2 bi.
O levantamento da CNC também monitorou as variações de preços dos itens mais buscados nos últimos 40 dias. Cerca de 55% dos produtos analisados apresentaram tendência de redução de preços, especialmente ventiladores e tênis femininos, que registraram quedas de até 15% e 13%, respectivamente. Já itens com alta procura, como ar-condicionado e televisores, mantiveram os preços estáveis, com poucas variações.
13º salário
Com o pagamento da primeira parcela do 13º salário até esta sexta-feira (29), sondagem do Google aponta que 70% dos brasileiros pretendem usar o dinheiro extra na Black Friday para lazer, viagens e presentes antecipados de Natal.
No DF, a Fecomércio calcula uma injeção de R$ 155 milhões na economia local. Em relação às formas de pagamento, espera-se que 68,5% dos cidadãos optem pelo crédito, seguidos pelo débito (17,2%), transferência ou Pix (11,7%) e, em menor escala, pagamento em dinheiro (2,6%).