O Brasil fechou com chave de ouro a presidência do G20, antes de transferir a missão rotativa para Cyril Ramaphosa, da África do Sul, que será o anfitrião do encontro do próximo ano. Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi aprovada a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com inclusão de todos os membros do bloco e a adesão de 148 países e organizações internacionais.
O Rio de Janeiro foi o palco, na segunda-feira (18) e na terça (19) de um dos maiores eventos diplomáticos globais dos últimos tempos: a Cúpula do G2. O encontro reuniu líderes de 19 países e da União Europeia, e teve como foco principal a construção de um novo pacto global, fundamentado na cooperação internacional e na busca por soluções concretas para os desafios mais prementes da humanidade.
Esse pacto ambicioso visa erradicar a fome até 2030, um desafio global que, apesar de parecer distante, foi reconhecido no encontro como urgente e imperativo. A aliança se destacou como uma das conquistas mais significativas da cúpula, refletindo o compromisso dos países em colocar a fome no centro das discussões internacionais.
Além da fome e da pobreza, outros temas centrais dominaram as discussões, como a desigualdade social, a crise climática e a fragmentação geopolítica. Essas questões revelaram a necessidade de ação conjunta e imediata para enfrentar as crises que afetam países ao redor do mundo.
A Cúpula também viu um consenso sobre a declaração final do G20, que incluiu temas como a taxação dos super-ricos, um apelo pelo fim das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, e o reforço de compromissos no combate à mudança climática.
A Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) também foram reafirmados, com especial atenção para as metas de redução das emissões de gases de efeito estufa, alinhadas ao Acordo de Paris.
Este compromisso reflete a urgência de transitar para um futuro mais sustentável, reconhecendo que a crise climática não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão de justiça social e de segurança global. O encontro também foi marcado pela discussão sobre a transição energética, a segurança alimentar e a necessidade de uma reforma na governança global.
Ao final da Cúpula, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou o papel da interação entre os diferentes atores sociais para o sucesso das negociações. “Dialogamos com a sociedade por meio do G20 social. Quanto maior a interação, maior o resultado dos nossos trabalhos”. Com isso, ele sublinhou o espírito colaborativo que guiou as discussões e que, segundo Lula, será essencial para transformar as promessas feitas em ações concretas.