Na quarta-feira (20), pela primeira vez será feriado nacional em homenagem a Zumbi dos Palmares, após a sanção da Lei nº 14.759/23, que criou o Dia da Consciência Negra.
Foram muitos séculos de lutas e resistência por parte dos negros para que seus direitos fossem reconhecidos, embora, na prática, ainda tenham que lutar e empenhar-se para mantê-los e criar outros.
Pobre humanidade! Os negros foram escravizados, arrancados de seus países para virem trabalhar de graça, debaixo de chibata e sem nenhum direito. Por isso, muitos dos seus descendentes sofrem os efeitos sociais até hoje. Grande parte dessa população permanece pobre, razão para termos cotas raciais que os ajudem a superar esta condição.
Após a pseudolibertação, a elite branca não deu-lhes empregos, o governo não lhes deu moradia, terra e nem escolas para seus filhos, preferindo trazer brancos da Europa e depois japoneses, empobrecidos pela Segunda Guerra Mundial.
Há milênios os homens, segundo Rousseau, fizeram o Contrato Social, concordando em unir-se, visando sobreviver criando o Estado e a Sociedade que, no dizer de Frei Beto, é o conjunto de sócios solidários.
Mas que solidariedade é essa que explora, maltrata e assassina seus pares? Ainda no século passado vimos Martin Luther King ser assassinado porque, seguidor de Mahatma Gandhi, lutava por direitos iguais, pregando a não violência.
Há 2 mil anos Jesus veio pregando o amor ao próximo como a si mesmo. Mas não pôde condenar diretamente a escravidão porque ainda não havia clima e maturidade entre a humanidade para que isto acontecesse.
Não obstante, Ele advertiu sobre a Lei de Retorno, quando ensinou a Pedro: “Embainha tua espada porque quem com ela fere por ela será ferido”. Isto vale também para a escravidão: o explorador de hoje será o explorado de amanhã; o príncipe de hoje, o mendigo de amanhã. Até que as pessoas aprendam a cumprir a Lei de Amor e Justiça e a escravidão, real ou simbólica, desapareça.
“Então, eu vi um novo Céu e uma Nova Terra (…) Agora a morada de Deus está entre os seres humanos (…) Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram”, disse o apóstolo João no Apocalipse.