De repente, acontecem coisas inesperadas nessas terras descobertas por Cabral. Ainda mais na política – terra de ninguém, cheia de escândalos e outros que tais.
Você não vai acreditar: estou falando d0 uso de um acessório (?) que já fez sucesso no tempo em que a rua do Ouvidor, no Rio, dominava a moda para cavalheiros.
Sim, falo de suspensórios em pleno século 21, uma surpresa nesta sociedade que enaltece qualquer tipo de novidade como sendo ótima – e com isso coloca o passado numa prateleira fora do alcance dos recém-chegados a este mundo maravilhoso.
Pois Fuad Noman, usando os banidos objetos, que, aparentemente, serviam apenas para segurar as calças, foi o escolhido para ser prefeito de Belo Horizonte.
E olha que ele concorreu com um rapaz que usava o velho refrão de Tradição, Família e Propriedade – aquele povo que marchava ao som de cânticos religiosos e bandeiras; gente que normalmente não sabe sobre o que está falando e, mesmo assim, fala.
Citadinos (!) mais otimistas acreditam que os tempos da Cidade Jardim estão voltando.
No radar, acenam com o arquivamento de projeto que rodopia na mesa de algum vereador: tornar a Praça 7, no centrão da aldeia, uma Times Square cabocla. (Algo parecido com iluminação feérica nos jardins do DF.)
Assim, aproveitar a disparatada venda de suspensórios e pôr em pauta outras reivindicações. Exemplo: contra os limites de mesas nas calçadas dos bares, uma vez que depois das 23h, só anda nas ruas o bebum profissional – não a madame empurrando carrinho com bebê a bordo.