Após 50 anos de sofrimento no umbral (purgatório, para os católicos), Padre Domênico, péssimo exemplo de sacerdote e personagem do livro “Obreiros da Vida Eterna”, interroga os samaritanos que foram retirá-lo de lá:
– Então existe uma Justiça Divina que anota todos os nossos atos”?
– Sim. Tu eras padre, pregava sobre purgatório e inferno, e não acreditavas neles?
A Justiça Divina ou grande olho de Deus é o que os orientais chamam de Registro Akáshico, o Éter, de que fala Bezerra de Menezes, onde todos os acontecimentos são gravados. Ela liberta o infrator em três etapas:
1º – arrependimento (perdão de primeiro nível).
2º expiação (perdão de segundo nível).
3º reparação (perdão do terceiro nível ou definitivo) que traz a paz de que falava Jesus.
Zaqueu, que arrepende-se, ganha o primeiro nível de perdão. O paralítico de 38 anos, que cumpre a pena (expia), ganha o segundo tipo de perdão. E a pecadora, que lava os pés de Jesus, porque ama (repara) ganha o terceiro tipo ou perdão definitivo.
Não há necessidade de passar pelo mesmo mal que fez aos outros, desde que você se arrependae, repare o mal feito com a pessoa que você lesou ou outrem e passe a agir contrariamente ao mal feito: matou? Dê vida; destruiu? Construa; entristeceu? Alegre; separou? Ajunte, etc.
Evite dizer coisas ruins com você quando errar. Senão, você mesmo, pela culpa, criará problemas para libertar-se.
Erros, nossos e dos outros, devem ser vistos como lições. Se você ficar consciente do erro é porque já libertou-se 50%, e quando prejudicar, ponha-se no lugar do prejudicado e reflita com base na Regra de Ouro: Você gostaria que fizessem o mesmo com você? Esta é a regra que evita o mal, educa e liberta.
Na Parábola do credor incompassivo, Jesus critica o devedor que é perdoado, mas, logo em seguida, na condição de credor, ignora o benefício recebido, a Regra de Ouro, e não perdoa o seu devedor.
No mundo teremos problemas, mas tenhamos boa vontade para aprender e crescer.