O Psol impetrou uma ação na Justiça Eleitoral contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito reeleito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), e seu vice, Ricardo Mello de Araújo (PL), por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social.
Na manhã de domingo, em entrevista coletiva, o governador declarou que o candidato do Psol à prefeitura paulistana, Guilherme Boulos, era apoiado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Quando deu a declaração, Tarcísio estava ao lado de Nunes. Após a fala, Boulos disse que a declaração do governador ‘é uma vergonha’.
Para dois ministros do TSE ouvidos de forma reservada pelo jornal O Globo, a declaração do governador pode ter impactado no resultado das urnas. Os magistrados acreditam ainda que a contenda pode vir a ser analisada pela Corte.
O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, disse que as autoridades não podem ignorar a fala do governador de São Paulo. Em publicação no X, Messias afirma que a declaração “compromete os princípios republicanos que deveriam guiar o processo eleitoral”.