O Twitter, que recentemente virou X, se modernizou ao longo dos anos. E não somente no nome. A rede social deixou de ser um microblog para se tornar a “Segunda Tela” oficial dos internautas. A plataforma permitia que os usuários interagissem em tempo real com conteúdo de mídia enquanto assistiam a programas de TV, eventos ao vivo ou filmes.
Através de tweets, hashtags e discussões ao vivo, o Twitter (X) criava um ambiente interativo onde os espectadores compartilhavam suas opiniões, reagiam a eventos e participavam de conversas em tempo real. Isso não só enriquecia a experiência de assistir, mas também amplificava o engajamento com o conteúdo.
Por exemplo: quando você assiste um jogo de futebol e quer saber a opinião de outros torcedores sobre determinado lance, o Twitter (X) te proporcionava isso. Usuários de todos os lugares estavam ali para comentar exatamente o que você procurava.
Talvez você não esteja entendendo porque os tempos verbais até aqui estão conjugados no pretérito. E se isso não causou estranheza, provavelmente o caro leitor sabe que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes suspendeu as atividades da rede social X, após mais um embate público com o dono da plataforma, Elon Musk.
Apesar de uma parte do eleitorado insistir na tese de que Xandão censurou a comunicação e que o Brasil caminha para uma ditadura, é importante lembrar que o magistrado segue o mesmo roteiro de dois anos atrás, quando bloqueou o Telegram (de mensagens instantâneas).
Em ambos os casos, o STF entendeu que as redes estavam desrespeitando normas estabelecidas pela Legislação brasileira, além de não cooperarem com os órgãos judiciais, que aplicavam medidas e cobravam esclarecimentos, sem obter êxito. Ou seja, o contrário do que prevê uma ditadura.
Certo ou errado, Moraes mudou a vida de muitos usuários e também de colegas jornalistas, que emitiam no Twitter suas opiniões e publicavam ali suas matérias.
Mas, como se sabe, não há vácuo no poder. Esses usuários que reclamavam dos árbitros de futebol em tempo real vão migrar para outras plataformas. E posso citar algumas delas aqui.
Os aplicativos BlueSky, Koo e Gethr se assemelham ao Twitter e tentam há anos tomar o espaço do X. Já o Threads, que nada mais é que o Twitter da Meta (dona do Instagram e do Facebook), busca há um ano desbancar a rede de Elon Musk. Até aqui, nenhum desses aplicativos teve sucesso. Mas, com o empurrãozinho do Xandão, pode ser que, enfim, consigam a relevância que almejam.