Repito o bordão que tenho utilizado por aqui – mesmo com o alerta de amigas e amigos sobre os perigos do clichê: publicitário adora um espaço público pra chamar de seu, dando preferência a local gramado, entre árvores, iluminados e coloridos.
Numa cidade como Brasília, esse desejo torna-se um desafio a ser conquistado.
Contra essa conquista, decisão do Tribunal de Justiça do DF suspendeu as autorizações conferidas pelo DER permitindo a colocação de painéis nas vias públicas, atendendo a uma ação popular.
Os contratos permitiam a instalação de mensagens publicitárias por todo o espaço – é bom lembrar – do Patrimônio Cultural da Humanidade.
Também é bom alertar aos seguidores da crença segundo a qual a Unesco não cancela títulos concedidos: a entidade já desclassifcou cidades ao redor do mundo por descumprirem regras básicas da honra concedida. Até a estação de Liverpool, terra dos Beatles, foi removida da lista.
De mais a mais, se para os publicitários as vias públicas candangas são objetos de desejo, para a Unesco são de preservação.
E a Unesco tem sede em Brasília. Lembrem-se disso!