Um senador do PL de Roraima (da Bancada do Boi ou da Bala, ou da Biblia, nunca se sabe!), apresentou projeto que, em resumo, reduz a área de proteção da floresta amazônica, deixando o campo aberto para sua destruição.
Vamos pensar juntos e lembrar de algumas coisas do passado recente: essa degradação, que nem era percebida décadas atrás pela maioria das pessoas, começou a entrar nas capas dos jornalões não tem muito tempo.
Primeiro, com a divulgação de tratores gigantescos arrancando raízes de árvores também gigantescas, rios manchados de mercúrio, doenças – de novo sobrou para os indígenas –, até chegar ao desmatamento propriamente dito.
Segundo, com o desmatamento desvairado sendo noticiado como o equivalente a dois, quatro, dez campos de futebol; daí passaram a comparar com cidades pequenas ou grandes. Agora, compara-se a magnitude da devastação da floresta com países. O Uruguai, no caso.
O extermínio, nos números: 18 milhões de hectares ameaçados, numa área que daria para instalar o mesmo Uruguai, que tem pouco mais de 17 milhões de hectares.
Quando começarem a comparar o aniquilamento da Amazônia com alguns continentes, talvez os predadores das florestas entendam que essa destruição também vai cair sobre suas cabeças. Ou submergir a seus pés.