Não há informações confiáveis sobre o trabalho infantil em Brasília. Da forma como as autoridades encaram o assunto, este é um grande problema – causado, provavelmente, por medo de represálias de seus suspeitos patrões (a própria família, ou alguém que lucra com o ofício mal remunerado e ilegal).
Independentemente de quem coloca as crianças nas ruas para vender doces e bugigangas, as denúncias do comércio nos semáforos – maior ponto de concentração dos pequenos vendedores – são praticamente inexistentes.
Pela quantidade de casos registrados no ano passado, a média alcançaria quase um por semana; parece muito. Mas não é.
Segundo as autoridades, aumentando o número de registros, medidas mais eficazes poderiam ser tomadas. Dentre elas, não consta nenhuma que encare a origem de todo esse desastre: a alarmante posição que o Brasil ocupa no índice mundial de distribuição da renda.
Em sendo assim, toda hora em que o problema chega à mídia, é preferível se acomodar com a torcida para que aconteçam mais denúncias e, em consequência, medidas mais eficazes para resolver o incômodo.
Só torcendo mesmo!