Catorze ex-diretores das Americanas estão na lista da Interpol

Desde a manhã da quarta-feira 27, catorze ex-diretores da rede de lojas Americanas estão com seus nomes na lista da Interpol. Todos são considerados foragidos pela Justiça Brasileira e podem ser presos a qualquer momento.

Os ex-executivos do grupo, incluindo o ex- CEO, Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez e Anna Christina Ramos Saicali estão sendo procurados pela Polícia Federal que desencadeou a operação “Disclosure” ou Revelação, alusivo ao ato de fornecer informações a todos interessados na situação de uma empresa.

A Polícia Federal tem conhecimento que o e-CEO Miguel Gutierrez e a diretora Anna Christina Saicali estão fora do Brasil, por isso incluiu o nome dos dois e de outros 12 ex-diretores da empresa na Difusão vermelha da lista da interpol, onde estão incluídos os nomes das pessoas mais procuradas no mundo.

Investigação – A derrocada das Americanas teve início em janeiro de 2023, quando a empresa declarou inconsistências contábeis que chegavam a R$ 20 bilhões de diferença entre o Caixa e o que os balancetes apresentavam. Alguns dias depois a empresa informou que o déficit era de mais de R$ 40 bilhões e entrou com um pedido de recuperação financeira que a Justiça aceitou, desde que fossem feitos os pagamentos dos fornecedores e dos colaboradores. Desta forma a empresa poderia se manter com as portas abertas e operando na Bolsa.

O golpe – Com a nova ação da Polícia Federal, as Lojas Americanas divulgou uma nota afirmando que foi vítima de um golpe de sua antiga diretoria e que está contribuindo com a Justiça para que todos sejam responsabilizados e punidos por suas ações ilegais. Segundo a nota da empresa, tudo começou com a diretoria inflando o valor das ações da empresa na bolsa. Isso fazia com que todos recebessem bônus altíssimos por produção que favorecia que o grupo investisse nas ações e as vendessem com preços acima do normal aproveitando da bolha que eles criaram.

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