Ex-diretor do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e atual secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Brasil, o professor Antônio Lisboa foi eleito, no dia 10 de junho, como representante dos trabalhadores brasileiros para o quarto mandato de três anos (2024-2027) no Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT) da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Conselho de Administração da OIT é responsável pela elaboração e controle de execução de políticas e programas relacionados ao mundo do trabalho, especialmente no cumprimento de normas internacionais. O dirigente sindical disse que está muito feliz e que espera realizar um ótimo trabalho no próximo mandato, defendendo os interesses dos trabalhadores e das trabalhadoras do mundo inteiro.
“Nesses próximos três anos, teremos grandes desafios, como, por exemplo, defender os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras informais, regular o trabalho em plataforma, regular a inteligência artificial, discutir a transição energética justa, para que não seja mais sofrimento para a classe trabalhadora mundial. São grandes desafios que eu espero estar, mais uma vez, em condição de enfrentar”, declara.
Histórico – Lisboa foi eleito no Conselho de Administração da OIT pela primeira vez em 2014, quando obteve expressiva votação, sendo o quarto mais votado. O conselho é renovado a cada três anos. Contudo, se por algum motivo as eleições não se realizarem ao expirar o prazo, será mantido o mesmo Conselho de Administração até que se realizem novas eleições.
Está em curso, em Genebra, a 112ª Conferência Internacional do Trabalho anual. Começou no dia 3 e prossegue até 14 de junho. Estão reunidos nesse evento trabalhadores, empregadores e delegados governamentais dos 187 Estados-Membros da OIT.
Além de eleger os membros do Conselho de Administração para o mandato 2024-2027, os participantes estão discutindo uma vasta gama de questões. A saber: uma discussão de definição de padrões sobre proteção contra os riscos biológicos, um debate recorrente sobre o objetivo estratégico dos princípios e direitos fundamentais no trabalho e um debate geral sobre o trabalho digno e a economia do cuidado.