Freud definiu o ego como sendo o centro da consciência. Mas, para os espiritualistas, o ego é o centro das ilusões, um complicador a ser superado. Chico Xavier, Divaldo Franco, Ivone Pereira e Swami Rama precisaram de muitas orientações dos seus guias para vencerem o ego, que atrapalhava seus desenvolvimentos.
“No início da caminhada, o candidato é do mundo e está no mundo. Depois que a inicia, é do mundo, mas não está mais no mundo, e quando chega no final, está no mundo, mas não é mais do mundo”.
Ser e estar no mundo significa dar importância às coisas do mundo. No segundo passo, acha-as condenáveis e afasta-se. No terceiro, volta a estar no mundo, mas sem mais encantar-se com o mundo.
Este é o simbolismo da Parábola do Filho Pródigo, que vivencia as coisas do mundo, entede-se, liberta-se e, ao voltar para casa, ganha do pai um anel simbolizando a vitória sobre o mundo.
O desenvolvimento espiritual requer estudo, empenho e atenção. No início, o candidato pode achar-se importante por ser rico, branco, ter sobrenome notável etc.: Ego material.
Ao esforçar-se para libertar-se, pode apenas trocar de Ego, achando-se importante por ter dons, guia famoso e tempo de trabalho: é o Ego Espiritual, mais difícil de libertação do que o Ego Material.
“Estou vendo seu guia com você; é Fabiano de Cristo”, disse Chico Xavier para Pastorino. Você deve estar enganado, respondeu Pastorino. Não estou enganado não, e não se meta a besta.
“Quanto pior o cavalo, melhor tem que ser o cavaleiro”, ensinou Chico Xavier. Todo Mestre procura matar o Ego do candidato. O Mestre Huberto Rhoden chamava isto de Egocídio.