A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) lançou, segunda-feira (3), a iniciativa Junho Vermelho: Unidos pela Vida. O objetivo é incentivar e conscientizar a população sobre a importância da doação voluntária de sangue.
O mês de junho é reconhecido nacionalmente como período de conscientização sobre a relevância da doação sanguínea. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu 14 de junho como o Dia Mundial do Doador de Sangue.
Neste ano, a campanha do Hemocentro destaca a conexão estabelecida entre doadores e pacientes por meio da doação voluntária. “A doação de sangue é um ato altruísta e anônimo. No entanto, o doador deve estar ciente de que seu sangue será processado e pode salvar até quatro vidas diferentes com variadas condições médicas”, explica o presidente do Hemocentro, Osnei Okumoto.
Ao longo do mês, em celebração à data, o Hemocentro realizará palestras sobre doação de sangue, capacitação de multiplicadores e organizadores de grupos de doação, além da distribuição de brindes.
Como parte da campanha, estão previstas três coletas externas com a unidade móvel do Hemocentro de Brasília em junho. Nesta terça-feira (4), na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Gama, das 9h às 16h; dia 14, no Palácio do Buriti, como parte da campanha “Mulheres no Poder Doando Sangue e Salvando Vidas 2024”, da vice-governadoria; e dia 27, na área externa do Palácio do Planalto.
Para manter os estoques em níveis seguros, o Hemocentro de Brasília necessita de cerca de 180 doações por dia. A Fundação é responsável pelo abastecimento de toda a rede de saúde pública do DFl, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
No Junho Vermelho, o Hemocentro promoverá, dia 19, o Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme, evento direcionado a doadores de sangue fenotipados e pacientes com essa condição. O encontro ocorrerá no auditório da FHB, das 8h às 12h, visando esclarecer a importância da doação fenotipada e reforçar a relevância do tratamento e autocuidado para pacientes com doença falciforme.
Os doadores fenotipados são submetidos a uma análise mais detalhada, além dos grupos sanguíneos ABO e Rh, para determinar outros subgrupos sanguíneos. Isso significa que, além de identificar se o doador é A, B, AB ou O (com Rh positivo ou negativo), são examinados outros aspectos do Rh e subgrupos sanguíneos. Esse processo é conhecido como fenotipagem.
Pacientes com doenças hematológicas, como a doença falciforme, que requerem múltiplas transfusões sanguíneas ao longo da vida, geralmente recebem transfusões de doadores fenotipados.
“A doença falciforme é uma condição genética. O indivíduo já nasce com ela. Após o diagnóstico, essas crianças começam a receber transfusões sanguíneas. Muitos desses pacientes necessitam de transfusões mensais. É o sangue doado no Hemocentro que proporciona uma qualidade de vida melhor para essas pessoas”, explica Okumoto.