Pessoas se comunicando com o gerente do banco, com a atendente do plano de saúde, com o mecânico que faz a revisão de Chevette (ainda existem alguns por aí!), com o balconista com quem se fala para encomendar um pedido de pastel com caldo de cana.
Tudo isso – e muito mais – pode parecer coisa do século passado, mas se resolviam com um telefonema, mas que parecem ter desaparecido a partir do finado aparelho preto que ficava sobre a mesinha de centro (ou de canto).
Nada contra o celular nem a modernidade – embora hoje o pedido de uma pizza esteja monopolizado nas mãos (ou na destreza) dos velozes motoqueiros do iFood. A cronista Marli Gonçalves fez um pedido razoável em sua coluna no site paulistano Chumbo Gordo: – Quero gente!
A jornalista especifica o que faz falta: pelo menos um pouquinho de humanos no atendimento das empresas. Afinal, praticamente não conseguimos falar com mais ninguém de carne e osso, e temos que aguentar a máquina falando respostas idiotas: tecle 1 pra isso, 2 pra aquilo, 3 pra ficar ainda mais irritado etc. e tal.
Já deixei claro: nada contra o Século 21. Mas faz falta uma voz que entenda o que estamos pedindo – e não o que entende a robozete, como define Marli.
Assino embaixo.