O jornalista André Trigueiro tocou numa questão que vale a pena discutir durante um programa na Globo News: a descriminalização da maconha.
Trigueiro pergunta, com uma ponta de perplexidade, por que drogas sabidamente fortes, como as bebidas alcoólicas – destiladas em primeiro lugar – não enfrentam oposição sistemática como a que recebe a cannabis.
E adianta: Por que um usuário da erva é preso como traficante, mesmo que esteja carregando somente um cigarro do fumo, enquanto um bêbado ao volante apenas cumpre formalidades e é tratado como um cavalheiro levemente alterado?
Para Trigueiro, é uma discussão que merece mais atenção dos governos, do parlamento, dos cidadãos – e das comunidades religiosas.
Não para ampliar a repressão e sair prendendo tudo quanto é bebum que encontre pela rua, mas para colocar o tema em pauta.
Na verdade, já faz tempo que o assunto não empolga. A última vez em que chegou a causar preocupação foi quando Fernando Henrique Cardoso, nosso “príncipe da Sociologia”, confessou que já havia fumado um baseado.
“Mas não traguei”, completou, para se redimir.
O que não avança em nada naquilo que interessa.