Da redação
Já estão presos no Presídio Federal no Complexo da Papuda os três supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista Anderson Gomes. Os irmãos Chiquinho Brazão (União-RJ), seu irmão Domingos Brasão, Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e o ex-delegado chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa chegaram em Brasília por volta das 16 horas, fizeram exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) e foram levados para o presídio, onde cumprirão prisão preventiva. Eles foram presos na manhã do domingo (24), pela Polícia Federal (PF) em suas casas no Rio de Janeiro na operação Operação Murder, Inc.
Toda a operação de prisão foi antecipada pela Polícia Federal para o domingo por conta dos vazamentos de informações que estavam acontecendo e faria com que se perdesse o efeito “surpresa”. Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
Relatório – Segundo um relatório com mais de 470 páginas entregue pela Polícia Federal ao Ministério Público do Rio de Janeiro e ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que Chiquinho Brazão tem foro privilegiado por ser deputado federal, o crime foi motivado porque a vereadora Marielle Franco fazia oposição a grilagem de terras, a expansão das milícias no Estado e a outros crimes praticados pelos irmãos Brasão e seu comparsa, Rivaldo Barbosa, e seus comandados.
Curiosidade – Tudo indica que todo o planejamento e a logística do crime foi feita pelo ex-chefe geral da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa que é amigo pessoal do delegado Giniton Lages, autor do livro: Quem matou Marielle? Os bastidores do caso que abalou o Brasil e o Mundo. Giniton foi o primeiro delegado a assumir o caso e à época quando foi trocado, afirmou que tinha muitas dificuldades em realizar algumas investigações.
Ele foi afastado de suas funções pelo Ministro Alexandre de Moraes, que determinou também que passe a usar tornozeleira eletrônica. Seu subordinado, Marcos Antônio de Barros Pinto, chefe do setor de investigação e seus principais comandados neste período tiveram seus documentos e celulares apreendidos.