Brasil, Justiça, Polícia, Segurança, Violência contra a mulher

“Quieta o facho e volta para casa! Né doutora?”

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Da redação

A frase acima é do promotor de Justiça Luiz Antônio de Souza Silva durante uma audiência na qual uma mulher vítima de agressão por parte do ex-marido, no Espírito Santo (ES). A mulher pedia pensão alimentícia para os cinco filhos que tem com o agressor, que estava presente à audiência.

A frase completa do promotor está em um áudio que o site UOL conseguiu.

“Agora eu vou falar assim, vocês com cinco filhos juntos, hein doutora? Cinco filhos juntos. Vocês em vez de aquietar o facho e ficar o resto da vida juntos?”, afirmou o promotor Luiz Antônio de Souza Silva, durante audiência em que a vítima pedia pensão alimentícia.

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) recebeu do Fordan (Um programa de Extensão e Pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo), uma denúncia contra o promotor por violência institucional. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também foi provocado pelo mesmo órgão universitário a se posicionar acerca do caso.

“Uma mulher que sofreu agressão ter que ouvir isso de um promotor em frente ao seu agressor. É muito perverso”, destacou o Fordan em seu pedido aos dois conselhos.

“Desculpas?” “Me sinto afligido por minhas palavras terem sido entendidas desta forma. Em nenhum momento tive esta intenção porque não é este o meu estilo de trabalho aqui no Tribunal”, afirmou o promotor após o caso ganhar repercussão sem em nenhum momento pronunciar a palavra desculpas à vítima.

Segundo ele, este mal entendido poderia ter sido resolvido ali mesmo na hora da sessão. “Me aflige ter causado desconforto com minhas palavras”, afirmou.