No Brasil, alguns alimentos têm sido frequentemente identificados como tendo maiores teores de agrotóxicos. Entre eles, destacam-se frutas como morango, uva e maçã, além de vegetais folhosos, como alface e couve.
Isso ocorre devido a diversos fatores, como a intensidade do uso de agrotóxicos nessas culturas, a facilidade com que absorvem esses produtos químicos e até mesmo a sua forma de cultivo.
O morango, por exemplo, é uma das frutas mais suscetíveis à contaminação por agrotóxicos devido à sua superfície porosa, que permite a absorção dos produtos químicos. Já as uvas e maçãs, muitas vezes, recebem aplicações intensivas de pesticidas para proteger contra pragas e doenças.
A alface e a couve também podem conter altos níveis de agrotóxicos, especialmente quando cultivadas em sistemas convencionais de produção agrícola, nos quais o uso desses produtos químicos é mais comum.
Esses produtos químicos, embora possam aumentar a produtividade das colheitas e proteger as plantações de pragas e doenças, também têm sido associados a uma série de malefícios para a saúde humana e o meio ambiente.
Um dos principais problemas dos agrotóxicos é sua capacidade de deixar resíduos nos alimentos que consumimos. Estudos demonstram que a ingestão regular de alimentos contaminados por agrotóxicos pode estar relacionada a diversos problemas de saúde, como câncer, distúrbios hormonais, danos ao sistema nervoso e problemas de desenvolvimento em crianças.
Alguns dos agrotóxicos mais presentes nos alimentos em nosso País são o glifosato, o acefato, o paraquate e o clorpirifós. O glifosato é amplamente utilizado na agricultura brasileira em culturas como soja, milho e algodão. No entanto, há preocupações crescentes sobre seus potenciais efeitos carcinogênicos e impactos negativos sobre o meio ambiente, como a contaminação de rios e solos.
Além dos riscos à saúde humana, os agrotóxicos também podem causar danos ao meio ambiente, afetando a biodiversidade, contaminando recursos hídricos e contribuindo para o desenvolvimento de pragas resistentes.
Diante desses desafios, a busca por práticas agrícolas mais sustentáveis e o incentivo à agricultura orgânica têm ganhado cada vez mais destaque como alternativas para reduzir a exposição aos agrotóxicos e promover a segurança alimentar e ambiental.
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