Comerciantes e transeuntes cobram a demolição de um quiosque construído pela Rede Gasol na calçada da C-12, em Taguatinga Centro, ao lado da agência do Banco do Brasil e em frente à banca de revistas São Paulo. A estrutura foi levantada para acomodar um chaveiro que funciona em área pública próxima ao local, onde o Posto Melhor pretende instalar um tanque para armazenar combustível.
A obra causou estranheza à vizinhança e aos pedestres por prejudicar a passagem pela calçada pública e obstruir as fachadas e o acesso a outros estabelecimentos comerciais. Após denúncia do site Brasília Capital, o administrador da cidade, Bispo Renato Andrade, determinou, no sábado (3), o embargo da obra, no momento em que trabalhadores contratados pela Rede Gasol aceleravam a construção. Agora, a comunidade exige a demolição do prédio.
O chaveiro está no mesmo ponto, que é uma concessão pública, há 34 anos, e não quer deixar o lugar a não ser que a administração lhe conceda um local próximo de onde ele está para não perder a clientela de tantos anos.Elson Santana preferiu não falar com a reportagem por receio de represálias.
Mas seu quiosque, na esquina do posto, está dentro das normas previstas na concessão. Já o Posto Melhor pretende instalar um tanque de combustível em área pública, a poucos centímetros de pista da Avenida Comercial Sul, uma via de intenso tráfego de veículos.
No início da semana passada, o administrador Renato Andrade recebeu uma comissão de comerciantes que se sentem prejudicados pela obra do quiosque e determinou a suspensão. Na sexta-feira (2), o Brasília Capital mostrou que os trabalhos continuavam. Andrade reiterou sua ordem. Porém, no sábado (3), os trabalhos estavam ainda mais acelerados. Mesmo não sendo dia útil, o administrador foi com sua equipe ao local e determinou a paralisação imediata.
Na segunda-feira, (5), os operários estiveram no local para retirar as ferramentas. Raquel Goulart, proprietária da Banca São Paulo, é uma das que exigem a demolição da obra. “A minha banca antigamente era ali, mas há mais de 30 anos o administrador à época pediu que eu recuasse por conta do risco de acidentes. Agora, com esse quiosque na frente, eu fiquei invisível. Esse local é totalmente inviável para outro quiosque. Atrapalha comerciantes, pedestres e o trânsito”.