A maior parte dos problemas das quedas de médiuns vem da vontade de importância e do hábito nocivo da comparação. Da vontade de importância vêm os meios escusos para consegui-la. Da comparação, o complexo, a inveja, a despeita, o orgulho.
Isto acontece pela ignorância de desconhecer os critérios usados em nossas vidas e em relação à mediunidade: merecimento, necessidade e capacidade. Tudo dentro de um propósito.
André Luís nos ensinou: “A cada um foi dado algo diferente para que haja intercâmbio, e daí surja o amor”. Se os critérios são diferentes, não cabe comparação. E não havendo comparação, não há complexo, inveja ou orgulho. Chico Xavier costumava dizer: “De São Francisco eu só tenho o cisco”.
Em matéria de mediunidade há, por parte de muitos médiuns, o desejo de fama. Esse desejo e o desconhecimento os fazem atrair os ignorantes da sombra, também interessados em fama ou em prejudicar o médium, o trabalho ou a Doutrina.
Médium deve ter gosto pelo conhecimento. Quanto mais conhecimento. mais prazer, desde que o conhecimento também não seja para atender a necessidade de fama que o médium carrega.
O médium é preparado de acordo com a necessidade e qualidade do trabalho. Os espíritos-guias do médium fazem parte do propósito, do carma do médium, e não são improvisados.
Emmanuel veio para trabalhar com Chico Xavier; Joanna de Ângelis, com Divaldo Franco; e Charles com Ivone Pereira.
Quando um espírito famoso transmite uma mensagem por um médium não educado, ou que não faz parte da sua equipe, ele assina apenas como “espírito amigo”. Então, desconfie de médiuns que vêm com mensagens atribuídas a espíritos famosos.
Ivone Pereira, exemplo de prudência, humildade e dedicação, relutou muito em aceitar que o autor do livro “Memórias de um suicida” fosse o escritor português Camilo Castelo Branco.
Aprender, servir e passar, sem contar tempo e nem resultado, e contrapor sempre a ideia de gratidão quando for elogiado ou quando a ideia de importância subir à cabeça, são o antídoto contra a vaidade.
Chico Xavier, cada vez que recebia um livro, ia ao cartório e passava os direitos autorais para alguma instituição de caridade. Boa sorte e juízo!