O líder sindical, fundador do PT, da CUT, um dos expoentes da esquerda na luta contra a ditadura na década de 60 e defensor do trabalhador, Avelino Ganzer morreu em Belém do Pará, na manhã da quarta-feira, 13. Avelino vinha lutando contra um câncer na medula há sete meses.
Se pudesse escolher o dia 13 para marcar seu último dia na terra, Avelino certamente o teria feito. Segundo seu filho, Ricardo Ganzer, ele estava internado havia um mês e há dois dias foi transferido para a UTI, onde teve paradas cardíacas, foi entubado, mas não resistiu.
Avelino tinha 75 anos e recentemente recebeu uma homenagem na Assembléia Legislativa do Estado do Pará exatamente há um mês, quando foi comemorado os 40 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ele já estava internado e foi representado por seu filho.
“Meu pai sempre dedicou a vida às causas sociais e aos trabalhadores, fez questão de lembrar sempre que a luta de classes é algo que as pessoas precisam se conscientizar, precisamos ser mais críticos ao sistema e ser mais proativos”, disse o filho.
Sete vidas- Durante sua trajetória na Cut, no PT e em sindicatos rurais onde sempre esteve representando e defendendo os trabalhadores, Avelino escapou de um acidente aéreo e de vários cercos feitos contra ele, durante a ditadura militar. Os companheiros brincavam que ele era um gato. Sempre escapava.
Velório- O velório de Avelino já está acontecendo e será encerrado amanhã A despedida está sendo em Murinim, em Benfica, no Pará. A cerimonia é aberta ao público e Avelino será sepultado em no mesmo local, após o meio dia de amanhã.