A empresa de ônibus Catedral/Kandango, que opera cerca de 40 linhas interligando Brasília ao Nordeste e a Goiás, teve a operação de todas as suas linhas suspensas por portaria da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT).
A suspensão foi determinada dia 24 de novembro. Três dias depois, a empresa conseguiu uma suspensão provisória e continua operando. A Catedral atua em parceria com a empresa alemã FlixBus, uma plataforma de venda de passagens apelidada de “uber dos ônibus de viagem”.
A modalidade oferece passagens mais baratas e, por isso, há uma forte disputa entre as empresas tradicionais, que operam linhas regulares concedidas pela ANTT, e as que atuam por meio de aplicativos. A ANTT não aprova esse sistema, mas a justiça tem autorizado a operação.
Cautelar – A ANTT cobra da Catedral o uso de um sistema eletrônico de monitoramento em tempo real – o Monitriip – , que permite à agência fiscalizar se as viagens sob regime de fretamento estão efetivamente acontecendo e se a relação de passageiros é fixa. O sistema, segundo a agência, visa a proteger as empresas que operaram rotas regulares.
A continuidade do funcionamento da Catedral se deve a uma medida cautelar e o mérito do tema ainda será julgado pela ANTT, quando então a empresa saberá se seus ônibus poderão continuar a circular. Procurado, o presidente da Catedral, Clayton de Freitas Vidal, não retornou.
Em contato com essa coluna, a Flixbus informou que “opera 100% dentro das regras da ANTT, oferecendo, por meio de parceiros, transporte rodoviário regular em 15 estados do Brasil, de alta qualidade com preços baixos para consumidores.” Disse ainda, que questão do uso do sistema Monitriip é de responsabilidade da Catedral e que a mesma está esclarecendo as dúvidas junto à ANTT. “A opera FlixBus é responsável apenas por vendas, marketing e atendimento ao consumidor” – explicou.